Roubo de cargas causa prejuízos bilionários e pressiona o setor logístico

Crescimento no valor das perdas e concentração dos crimes em regiões estratégicas desafiam as empresas de transporte.

DANIEL CORRêA
05/08/2025 18h34 - Atualizado há 3 horas

Roubo de cargas causa prejuízos bilionários e pressiona o setor logístico
Divulgação

A logística brasileira convive há anos com um problema difícil de contornar: o roubo de cargas. Mesmo quando o número total de ocorrências diminui, os prejuízos continuam aumentando. Isso acontece porque os criminosos estão cada vez mais estratégicos, mirando cargas de maior valor, em rotas e horários previsíveis. O impacto disso para transportadoras, motoristas e empresas embarcadoras vai muito além da carga perdida. Afeta prazos, custos, reputação e até decisões sobre quais regiões atender.

O cenário é ainda mais complicado quando se leva em conta a precariedade da infraestrutura em muitos trechos rodoviários. As empresas que dependem do transporte terrestre precisam lidar com estradas mal conservadas, sinalização deficiente e falta de cobertura de dados, o que dificulta a comunicação com os motoristas e o rastreamento em tempo real. Resultado: mais risco, menos previsibilidade e maior gasto com prevenção.

Regiões e horários que concentram os ataques

Grande parte dos roubos se concentra em estados do Sudeste, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), essas duas regiões, junto com Minas Gerais, concentram mais de 80% do total de prejuízos causados por roubo de carga no país. São áreas com alto fluxo de mercadorias, malha urbana densa e fácil acesso a rotas de fuga. Dentro das cidades, as quadrilhas costumam agir em pontos de parada, semáforos e bolsões logísticos mal iluminados ou sem segurança.

Os dias mais críticos costumam ser as segundas e quintas-feiras, quando o volume de entregas é maior. E engana-se quem pensa que os ataques só ocorrem à noite: de acordo com o mesmo levantamento, muitos assaltos acontecem no meio do dia, entre 10h e 14h, justamente quando há mais circulação de veículos e o ritmo da operação está acelerado. Isso exige atenção redobrada ao planejamento logístico e à definição de janelas de entrega.

Os impactos vão muito além da carga perdida

Quando uma carga é roubada, o prejuízo financeiro é só a primeira camada do problema. Em muitos casos, as empresas também perdem o veículo (ou parte dele), enfrentam custos com reentrega, lidam com insatisfação do cliente e, em algumas situações, até multas contratuais.

Além disso, o setor tem destinado cada vez mais recursos à prevenção. As operadoras logísticas chegam a investir cerca de 14% da receita em estratégias de segurança, o que inclui rastreamento, escolta, blindagem e seguros com coberturas amplas. Tudo isso pesa no orçamento e compromete a margem, dificultando a competitividade.

Sem contar que os constantes ajustes na operação para lidar com a insegurança tornam a logística bem menos eficiente. Mudar rotas com frequência, evitar determinadas áreas ou deixar de operar em certas janelas de tempo nem sempre é a solução ideal. Mas muitas vezes é o único caminho viável para preservar a integridade da carga e da equipe.

Dados e tecnologia como aliados

Diante de tantos desafios, a melhor forma de agir é com base em dados. Soluções como o frotacontrol ajudam empresas a enxergar com clareza o que está acontecendo em campo (ou melhor, na estrada). O sistema permite acompanhar, em tempo real, cada veículo da frota, identificando paradas fora do padrão, desvios de rota e até mudanças bruscas de comportamento dos motoristas.

Essas informações são fundamentais para agir rápido diante de qualquer sinal de anormalidade. E mais do que reagir, o sistema também permite antecipar problemas: com relatórios detalhados, é possível identificar os trechos com maior incidência de ocorrências, ajustar horários de saída, evitar rotas críticas e até combinar ações preventivas com parceiros logísticos.

Outro ponto importante é o cruzamento de dados de desempenho. O frotacontrol fornece indicadores sobre consumo de combustível, tempo de parada, velocidade média e manutenção dos veículos. Essas métricas ajudam a entender onde estão os gargalos da operação e o que pode ser melhorado para ganhar agilidade e reduzir riscos.

Mais controle, menos prejuízo

Com todos esses recursos, as empresas conseguem tomar decisões mais embasadas e assertivas. Em vez de trabalhar no escuro ou correr atrás do prejuízo, passam a operar com previsibilidade e segurança. Isso não significa que os riscos desaparecem, mas sim que a gestão tem mais controle sobre o que pode ser feito para minimizá-los.

Evitar áreas perigosas, reduzir a exposição da carga em determinados horários e responder com agilidade a qualquer incidente são atitudes que fazem diferença no dia a dia. E quando tudo isso é automatizado e integrado em um único sistema, como o frotacontrol, a rotina da operação se torna muito mais inteligente.



 

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DANIEL CORREA RODRIGUES
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