O mercado de unhas movimenta a economia brasileira, é um dos maiores no mundo, atrás apenas dos EUA, segundo dados do Euromonitor Internacional. Apesar do seu tamanho, a formalização é um dos desafios. “A maioria das manicures são mulheres, muitas buscam uma renda extra para as suas famílias. Sustentam sozinhas o próprio negócio e a responsabilidade da casa, muitas vezes, sem nenhum apoio. Algumas delas nem acreditam que seja possível viver dessa profissão”, diz Natália Akemi, CEO da Nati Cosmética.
Como outras manicures, Mônica Dantas, 49 anos, de Alagoinha-BA, começou no mundo das unhas acreditando ser apenas um hobby, fazendo as unhas dos próprios familiares. “Ouvi muitas vezes até da minha mãe que eu não iria conseguir viver disso”, relata.
Para mudar o cenário da informalidade, a Natália Akemi criou a plataforma digital do Instituto Nati, com cursos que vão desde o nível básico para quem está começando na carreira até formações avançadas em técnicas como nail design, alongamento de unhas e gestão do próprio negócio. “O nosso maior desafio é trazer valorização para esses profissionais, mostrar para eles o seu potencial e o quanto são capazes de crescer nessa profissão” explica Natália.
Anderson Rodrigo, 35 anos, de Barretos-SP, encontrou obstáculos na hora de se posicionar no mercado e alcançar reconhecimento. “Sofri muito preconceito por eu ser homem e via aquilo apenas como uma renda temporária, faturava 200 reais por mês e hoje, eu vejo que realmente consigo viver disso, tenho meu próprio negócio e uma renda de 5 mil reais” explica Anderson, aluno do Instituto Nati.
O Instituto Nati é uma plataforma online e possui um aplicativo que torna mais acessível o ensino. Além da iniciativa de impacto social, a Nati Cosmética deu voz a mais de 60 manicures através do podcast “Natitude”, ouvindo e contando histórias de profissionais espalhadas pelo país e foi a primeira marca de esmalte a criar uma linha em parceria com uma manicure, Faby Cardozo, uma influencer na área com 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais. “Queremos chegar a 50 mil manicures formadas e ver cada vez mais profissionais transformando a sua realidade através das unhas”.