A geração hiperconectada e o papel da inteligência artificial na nova educação

Por Ricardo Guia, Diretor Geral do Passei Direto

GIOVANNA MIRANDA
01/08/2025 11h25 - Atualizado há 9 horas

A geração hiperconectada e o papel da inteligência artificial na nova educação
Passei Direto

Vivemos um paradoxo educacional inquietante. A geração com maior acesso à informação da história é, também, a que mais sente dificuldade em aprender com profundidade. 

Sobrecarregados, ansiosos e muitas vezes inseguros, os estudantes de hoje cresceram cercados por estímulos constantes, vídeos acelerados, múltiplas abas abertas e agora têm a inteligência artificial a um clique de distância. Não se trata de desinteresse, pelo contrário. É uma geração exigente, imediatista e crítica, que quer aprender com agilidade, no próprio ritmo e com conexão real com sua vida. 

Recentemente, uma pesquisa do MIT lançou luz sobre o impacto da IA nos processos de aprendizagem. O estudo, ainda em preprint, acompanhou três grupos de estudantes universitários, um confiando no próprio conhecimento, outro usando o Google e o terceiro utilizando o ChatGPT. O grupo que estudou com IA apresentou menor atividade cerebral e menor retenção do conteúdo. Será que usar IA sem reflexão pode gerar uma “dívida cognitiva”, um enfraquecimento do esforço mental essencial à consolidação do aprendizado.  

Mas atenção: isso não é um argumento contra a IA. É um alerta sobre o uso da tecnologia. O problema não é a ferramenta. É a forma como a utilizamos. 

A inteligência artificial educacional não substitui o esforço, ela direciona. Não ensina sozinha, mas acelera o progresso de quem está disposto a se engajar. Em vez de promover a passividade, pode restaurar o foco, reduzir a sobrecarga cognitiva e personalizar a jornada, desde que aliada à curadoria humana e a objetivos reais. 

No Passei Direto, acreditamos no poder da tecnologia quando ela tem um propósito claro, facilitar a vida de quem estuda de verdade. Nossa inteligência artificial vai muito além de organizar trilhas de estudo e adaptar conteúdos. Ela atua diretamente na rotina de aprendizado com o PD Exercícios, que gera listas personalizadas a partir do material do estudante para praticar. Já o PD Resolve, realiza várias questões de uma só vez com explicações completas. E com o Ed, a IA do Passei Direto, o usuário recebe respostas precisas e contextualizadas em segundos. Tudo isso impulsionado por pessoas que entendem, na prática, os desafios da jornada acadêmica. 

O aprendizado se torna mais eficiente quando tecnologia e empatia caminham juntas. Mais do que formar alunos com “alta retenção de conteúdo”, o desafio hoje é formar pessoas com autonomia para filtrar o que importa, aplicar com consistência e seguir aprendendo ao longo da vida. O lifelong learning não é mais um diferencial, é uma necessidade permanente em um mundo em constante reinvenção. 

A educação do futuro não é só digital, ela é híbrida, relacional e inteligente. Mistura dados com propósito, algoritmos com empatia, personalização com senso crítico. E recoloca o estudante no centro, não como consumidor de informação, mas como protagonista de transformação. 

Ricardo Guia é diretor geral do Passei Direto, a maior rede de estudos da América Latina. O executivo possui mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Fluminense e já realizou mestrados em grandes universidades como a norte-americana Santa Clara University e Stanford, localizadas no Vale do Silício. Ricardo acumula mais de 15 anos de experiência em gestão de produtos, análise de dados e trabalho com equipes multifuncionais. Além de ter conhecimento em outras áreas como aquisição de clientes, SaaS e e-commerce. 


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GIOVANNA DA SILVA MIRANDA
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