Por que os bancos tradicionais estão perdendo espaço para os digitais (e devem se preocupar)?

RENNIê PARO
24/07/2025 12h01 - Atualizado há 21 horas

Por que os bancos tradicionais estão perdendo espaço para os digitais (e devem se preocupar)?
Divulgação

*Por Walney Barbosa

Recentemente, fizemos um levantamento muito interessante sobre a principalidade bancária do brasileiro. Ele apontou que o Nubank se tornou a principal instituição financeira para 21,7% da população. Na sequência aparecem o Itaú, com 14,2%, e o Bradesco, com 12%.

Entre outros dados, esses reforçam algo que já tem sido percebido pelo ecossistema financeiro nacional: os bancos tradicionais estão perdendo espaço para os digitais. Se levarmos em consideração que a primeira operação oficial do Nubank foi apenas em 2019, a evolução e mudança de mindset do público bancarizado foi muito rápida.

Isso acontece porque o modelo de negócios aplicado pelo Nubank lidera um movimento de instituições financeiras com perfis diversos, que surgem com a proposta de oferecer serviços mais especializados e menos burocráticos. Ou seja, promovem muito mais acesso financeiro a um maior número de pessoas em todo o país.

Até 2010, os grandes bancos brasileiros operavam sem grandes desafios competitivos e a principalidade não era uma preocupação. Impulsionadas por novas regulamentações, as fintechs e bancos digitais trouxeram mais competição, acesso e flexibilidade para os consumidores.

Por isso reforço que, para os bancos tradicionais voltarem a ganhar relevância, o caminho ideal é combinar solidez, que eles já possuem, com modernidade. Para isso, devem usar a reputação e a estabilidade como diferencial competitivo, tornar a experiência digital ágil, intuitiva e fluída, eliminar etapas burocráticas que dificultam o uso cotidiano e, claro, investir em linguagem e benefícios que se conectem com os novos públicos.

Por fim, vale lembrar que em um setor cada vez mais competitivo, quem está na liderança hoje, pode não estar amanhã. Portanto, é preciso se manter atualizado de acordo com as demandas da sociedade atual e proporcionar serviços cada vez mais personalizados.

*Walney Barbosa é Diretor de Delivery da Okiar, consultoria de pesquisa brasileira.


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