*Por Walney Barbosa
Recentemente, fizemos um levantamento muito interessante sobre a principalidade bancária do brasileiro. Ele apontou que o Nubank se tornou a principal instituição financeira para 21,7% da população. Na sequência aparecem o Itaú, com 14,2%, e o Bradesco, com 12%.
Entre outros dados, esses reforçam algo que já tem sido percebido pelo ecossistema financeiro nacional: os bancos tradicionais estão perdendo espaço para os digitais. Se levarmos em consideração que a primeira operação oficial do Nubank foi apenas em 2019, a evolução e mudança de mindset do público bancarizado foi muito rápida.
Isso acontece porque o modelo de negócios aplicado pelo Nubank lidera um movimento de instituições financeiras com perfis diversos, que surgem com a proposta de oferecer serviços mais especializados e menos burocráticos. Ou seja, promovem muito mais acesso financeiro a um maior número de pessoas em todo o país.
Até 2010, os grandes bancos brasileiros operavam sem grandes desafios competitivos e a principalidade não era uma preocupação. Impulsionadas por novas regulamentações, as fintechs e bancos digitais trouxeram mais competição, acesso e flexibilidade para os consumidores.
Por isso reforço que, para os bancos tradicionais voltarem a ganhar relevância, o caminho ideal é combinar solidez, que eles já possuem, com modernidade. Para isso, devem usar a reputação e a estabilidade como diferencial competitivo, tornar a experiência digital ágil, intuitiva e fluída, eliminar etapas burocráticas que dificultam o uso cotidiano e, claro, investir em linguagem e benefícios que se conectem com os novos públicos.
Por fim, vale lembrar que em um setor cada vez mais competitivo, quem está na liderança hoje, pode não estar amanhã. Portanto, é preciso se manter atualizado de acordo com as demandas da sociedade atual e proporcionar serviços cada vez mais personalizados.
*Walney Barbosa é Diretor de Delivery da Okiar, consultoria de pesquisa brasileira.
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Renniê Paro
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