Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho (27/07) chama atenção para direitos negligenciados no Brasil
Advogado Dr. Márcio Coelho alerta sobre a falta de campanhas informativas e os impactos sociais e econômicos dos acidentes de trabalho
MáRCIA STIVAL ASSESSORIA
24/07/2025 12h08 - Atualizado há 20 horas
reprodução internet
No próximo dia 27 de julho, é celebrado o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, uma data que vai muito além das estatísticas. É um momento de reflexão urgente sobre a realidade dos trabalhadores brasileiros que enfrentam diariamente os riscos do ambiente laboral. A data foi oficializada em 1972, quando foram regulamentadas as normas de Segurança e Medicina do Trabalho, e tem o objetivo de chamar atenção para acidentes e doenças ocupacionais que comprometem a saúde e a vida dos profissionais. Esses acidentes podem ocorrer durante a jornada ou no trajeto de casa para o trabalho, resultando em lesões, incapacidades ou até morte — muitas vezes causados pela ausência de medidas preventivas adequadas. O Brasil ocupa a quarta posição entre os países que mais registram acidentes de trabalho no mundo, com cerca de 750 mil ocorrências anuais. No entanto, o cenário pode ser ainda mais alarmante. Segundo o advogado previdenciário e trabalhista Dr. Márcio Coelho, estima-se que o número real supere 2,1 milhões de acidentes por ano, se consideradas as subnotificações. “Muitos desses trabalhadores sofrem sequelas permanentes ou até perdem a vida. E o mais grave é que, mesmo diante desse quadro, o Governo não realiza campanhas educativas para informar a população sobre os direitos garantidos pela Lei de Acidentes do Trabalho, a Lei 8.213/91”, afirma o especialista. A ausência de informação agrava ainda mais o sofrimento de quem já foi impactado por um acidente. “Esses trabalhadores e, em muitos casos, suas viúvas, acabam desamparados por puro desconhecimento. É um descaso que amplia a dor e a injustiça”, completa Coelho. Além das consequências humanas, os impactos econômicos também são expressivos. O sistema previdenciário arca com altos custos em auxílio-doença, atendimentos hospitalares e sessões de fisioterapia. “Se houvesse investimento em campanhas preventivas, o Governo gastaria menos do que gasta hoje para remediar os efeitos desses acidentes”, aponta o advogado. A data reforça a importância da conscientização conjunta entre trabalhadores, empregadores e o poder público. Medidas eficazes de prevenção — como o uso de EPIs, exames periódicos e o cumprimento do Plano de Prevenção de Riscos Ambientais — não apenas salvam vidas, como também garantem sustentabilidade econômica para o sistema. “Precisamos de um pacto coletivo por ambientes de trabalho mais seguros. Todo trabalhador merece sair de casa e voltar para sua família com saúde, todos os dias”, finaliza o Dr. Márcio Coelho. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARCIA ROSANE STIVAL
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FONTE: Márcia Stival Assessoria