Vulnerável a ciberataques, governo brasileiro entra na mira de empresas globais de segurança

PIMENTA COMUNICAçãO
24/07/2025 10h47 - Atualizado há 23 horas

Vulnerável a ciberataques, governo brasileiro entra na mira de empresas globais de segurança
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No ano passado foram reportados quase dez mil incidentes cibernéticos no governo federal. Em 2023 e 2022, para se ter uma ideia do avanço das investidas, os números atingiram respectivamente 4.905 e 3.402. Além de colocar o Brasil no ranking de países com governos mais atacados, os números também o tornam um mercado-chave para negócios do setor de segurança cibernética.

É o caso da Lumu, empresa com sede em Miami, especializada na detecção e resposta a ameaças cibernéticas, que após três anos de operação no país, alcançou a marca de 1 bilhão de dispositivos e mais de 70% dos documentos digitais (CNH e RG) oficiais monitorados - além de integrar a segurança de mais de 30% das linhas de transmissão de energia locais e de um quarto dos cartões de crédito magnéticos emitidos em território nacional.

Um relatório divulgado recentemente pela companhia aponta o Brasil como o país mais atacado por infostealers na América Latina. De acordo com o levantamento, o setor de governo, responsável por 47% das ocorrências registradas em 2024, é de longe o mais visado no país. Na visão da Lumu, a tendência para os próximos anos é de escalada no número de ataques a órgãos governamentais de todas as esferas, uma vez que são responsáveis por armazenar uma grande quantidade de dados sensíveis. 

“Além de informações pessoais da população, os governos mantêm registros de projetos e infraestrutura. Por isso, os incidentes podem, de uma só vez, comprometer infraestruturas críticas, como água, eletricidade e transporte, resultando em repercussões sociais e econômicas significativas, ao mesmo tempo em que transformam os cidadãos em alvos, uma vez que suas informações podem ser vendida na dark web para abastecer uma variedade de crimes, como roubo de identidade ou fraude”, detalha detalha German Patiño, diretor da Lumu para América Latina.

No entanto, alerta o especialista, as investidas podem ser detectadas a tempo, porque vão dando pequenos sinais. “O ransomware, por exemplo, não surge do nada. O sistema da vítima geralmente é comprometido por um malware que abre caminho para o pacote de ransomware”, destaca. 


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PEDRO HENRIQUE DE CARVALHO CASSIANO
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