Americanos preferem doar sangue a compartilhar seus dados de saúde, revela pesquisa da Qlik

Nova pesquisa revela grandes lacunas de confiança em relação à IA e à privacidade de dados de saúde, destacando a disposição para o compartilhamento de dados de saúde pessoal, em contraste com o profundo ceticismo quanto à comercialização impulsionada pela IA

Mariana Santos
21/07/2025 14h50 - Atualizado há 1 mês

A Qlik®, líder global em integração de dados, qualidade de dados, analytics e inteligência artificial (IA), anuncia uma nova pesquisa que mostra que, embora 69% dos americanos se sintam confortáveis em compartilhar seus dados de saúde para melhorar seus próprios cuidados, apenas 40% se sentem confortáveis em compartilhar esses mesmos dados de saúde com empresas de tecnologia para produtos baseados em IA. Apesar da crescente integração da IA na área da saúde, apenas 28% aceitariam uma prescrição médica feita exclusivamente por IA, destacando preocupações de confiança profundamente enraizadas.
Quando convidados a escolher, mais que o dobro dos americanos preferiria doar sangue (52%) a doar seus dados de saúde (24%). Essa grande lacuna destaca o quanto as preocupações com a privacidade e o controle moldam as atitudes em relação à inovação na saúde – mesmo com o avanço contínuo da IA.
A pesquisa da Qlik revela quatro narrativas claras que moldam as atitudes dos americanos quanto aos dados de saúde:

 
- As pessoas adoram os dados para os seus próprios cuidados, mas os odeiam para o uso na IA corporativa. O conforto em compartilhar dados cai quase 30 pontos percentuais – de 69% para o cuidado pessoal para apenas 40% quando se trata de usá-los para IA comercial. Essa divisão acentuada destaca a preocupação pública com a privacidade e a motivação por lucro, com um terço explicitamente desconfortável com o uso comercial dos dados.
 
- A confiança vai para os médicos, não apenas para a IA. Enquanto quase 71% rejeitam medicamentos prescritos exclusivamente por IA, a aceitação sobe para 63% quando há supervisão de profissionais humanos no processo, enfatizando o papel essencial do julgamento humano para impulsionar a aceitação pública das tecnologias de saúde.
 
- Geração Z confia no governo com dados de saúde; idosos são céticos. Mais da metade dos adultos da Geração Z (50%) se sentem confortáveis com o fato de o governo usar seus dados de saúde para políticas públicas, enquanto apenas 36% dos idosos concordam, revelando diferenças geracionais marcantes sobre a confiança e a supervisão no setor de saúde digital.
 
- A maioria acredita que as seguradoras usam seus dados, mas duvida do valor da IA. Embora 41% acreditem que as seguradoras já utilizam seus dados, apenas 34% enxergam melhorias no atendimento orientado por IA, o que aponta para um descompasso que pode desacelerar a aceitação mais ampla de iniciativas de IA focadas na saúde.
 
“A IA na saúde só terá sucesso quando os pacientes e os médicos continuarem no centro de todas as decisões”, diz Mike Capone, CEO da Qlik. “A Qlik capacita as organizações de saúde a governar, integrar e aproveitar seus dados de forma responsável – promovendo insights confiáveis e atendimentos mais seguros e orientados por dados. Com transparência e consentimento claro, podemos ajudar a garantir que a IA aumente, em vez de diminuir, a confiança no setor de saúde”.
Com quase 60% dos americanos dizendo que compartilhariam dados de saúde se fossem compensados, fica claro que confiança e valor devem caminhar juntos. O progresso real exige mais do que promessas, requer novos modelos que respeitem o controle individual e ofereçam benefícios tangíveis. O setor de saúde tem uma rara oportunidade: recompensar os pacientes por sua participação, criar verdadeira transparência e garantir que a IA gere resultados nos quais as pessoas realmente acreditem.
 
Metodologia
A pesquisa Qlik AI in Healthcare foi conduzida pela Censuswide Research com 2.002 entrevistados empregados dos Estados Unidos, com 18 anos ou mais, entre os dias 17 e 23 de abril de 2025.

 

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MARIANA MIRRHA SANTOS
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FONTE: Qlik
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