Para muitos tutores, levar seus pets à clínica veterinária é um desafio repleto de medo, resistência e estresse. O que poucos sabem é que essa experiência negativa vai além de um simples “incômodo momentâneo”: o trauma gerado pode impactar profundamente a saúde física, mental e o bem-estar dos animais.
O médico-veterinário Dr. Marcelo Müller, especializado em bem-estar animal e atendimento domiciliar, observa isso diariamente:
“Vejo cães que tremem só de ver a guia, ou gatos que vocalizam o caminho inteiro. Esse estresse não é frescura – ele ativa respostas fisiológicas perigosas.”
✔ Ambiente desconhecido: novos odores, superfícies diferentes e cheiros de produtos químicos.
✔ Ruídos estranhos: latidos, sons de equipamentos, vozes agitadas.
✔ Outros animais estressados: o medo é contagioso.
✔ Experiências traumáticas anteriores: manipulações dolorosas ou contenções inadequadas deixam marcas emocionais.
Segundo Dr. Müller, o estresse intenso libera hormônios como cortisol e adrenalina, gerando:
Aumento da frequência cardíaca e respiratória
Elevação da pressão arterial
Imunossupressão (reduz defesa contra doenças)
Alterações de comportamento (agressividade, apatia, compulsões)
Dificuldade no exame físico e coleta de exames, comprometendo diagnósticos
“Um pet estressado pode mascarar sintomas importantes ou ter resultados de exames alterados, dificultando um diagnóstico preciso.”
No atendimento domiciliar, o veterinário avalia o pet no ambiente onde ele se sente seguro. Para Dr. Marcelo Müller, os benefícios vão além da praticidade:
✅ Redução do estresse
O pet não passa pelo transporte nem enfrenta cheiros, ruídos e pessoas desconhecidas. Recebe cuidado no local onde está relaxado.
✅ Avaliação comportamental real
Em casa, o veterinário observa o pet em seu território, identificando postura, rotina, alimentação e interações – informações essenciais que podem passar despercebidas no consultório.
✅ Coleta de exames com menos resistência
Procedimentos como coleta de sangue, aferição de pressão ou aplicação de medicação ocorrem com menor ansiedade.
✅ Fortalecimento do vínculo com o tutor
O animal associa o cuidado ao ambiente seguro, reforçando confiança e colaboração durante o tratamento.
✔ Cães pequenos: podem tremer, babar, vocalizar alto ou até urinar de medo ao entrar na clínica.
✔ Gatos: frequentemente vocalizam dentro da caixa de transporte e chegam ofegantes ou agitados, dificultando exames de rotina como aferição de temperatura ou auscultação cardíaca.
✔ Cães grandes: podem se recusar a entrar na recepção ou demonstrar resistência forte ao manejo, mesmo sendo dóceis em casa.
“Esses sinais mostram que o ambiente clínico nem sempre é adequado para todos os pets. Cada indivíduo tem sua forma de reagir ao medo, e cabe a nós veterinários adaptar o cuidado a essa realidade,” explica Dr. Müller.
A medicina veterinária moderna reconhece que tratar doenças é apenas parte do cuidado. Prevenir estresse, garantir conforto emocional e avaliar cada pet como indivíduo completo são pilares éticos e científicos fundamentais.
“O atendimento domiciliar não é só comodidade. É ciência aplicada ao bem-estar, garantindo saúde integral em cada visita,” finaliza Dr. Marcelo Müller, que há anos escolheu atuar diretamente nos lares para promover cuidado com dignidade e empatia.
Dr. Marcelo Müller é médico-veterinário com mestrado em Pesquisa Clínica, especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, e especializado em bem-estar animal. Atua em atendimento domiciliar, promovendo cuidados individualizados, prevenção de doenças e orientação de tutores para uma convivência mais saudável, segura e afetiva com seus pets.
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PRISCILA GONZALEZ NAVIA PIRES DA SILVA
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