Pega-pega não é apenas uma brincadeira: é quase um ritual da infância. Transmitida de geração em geração, essa atividade simples, mas cheia de energia, é encontrada nos pátios escolares, praças, quintais e corredores de qualquer lugar onde haja espaço para correr e disposição para brincar. Com regras fáceis e um espírito de leveza, o pega-pega transcende o tempo e se mantém vivo, mesmo com o avanço da tecnologia e das telas.
A proposta é direta: um corre atrás do outro, e quem for tocado se torna o novo pegador. Ainda assim, o pega-pega é capaz de ensinar muito mais do que parece. Ele desenvolve agilidade, coordenação motora, velocidade de reação, além de estratégias simples e instinto de grupo. Crianças aprendem a observar, prever movimentos e, principalmente, a trabalhar em equipe — mesmo quando cada um está tentando fugir por si só.
Mesmo com sua simplicidade, o pega-pega pode ser reinventado com variações criativas, aumentando ainda mais o interesse das crianças. Não exige brinquedos, nem grandes estruturas. O que se precisa é apenas de espaço, disposição e liberdade de movimento — o que nos lembra da importância de escolher roupas infantis leves, confortáveis e seguras para permitir a brincadeira sem limitações.
Quando uma criança corre, algo poderoso acontece. No pega-pega, essa corrida é impulsionada por um objetivo claro e lúdico: não ser pego. Essa motivação desencadeia uma resposta corporal completa. Pernas, braços, tronco e até o olhar entram em sintonia para manter o corpo em movimento constante. O simples ato de correr, parar e mudar de direção diversas vezes treina capacidades físicas que vão além do brincar.
Essa prática, embora divertida, também tem valor pedagógico. Crianças pequenas desenvolvem noções espaciais, aprendem a respeitar limites físicos e começam a lidar com seus próprios limites de resistência. As pausas entre uma rodada e outra trazem consciência corporal: quando ofegantes, os pequenos percebem seus próprios batimentos, o ritmo da respiração e o efeito do esforço físico no corpo. É uma forma lúdica de aprendizado motor e emocional.
Além disso, a liberdade do movimento fortalece a autonomia. Diferente de atividades programadas, com começo, meio e fim cronometrados, o pega-pega permite que a criança se expresse em seu tempo. Ela decide quando acelerar, para onde correr e quando se render. Essa autonomia dentro do jogo fortalece a autoconfiança e estimula a tomada de decisões rápidas, algo valioso para seu desenvolvimento cognitivo.
O pega-pega é uma das primeiras experiências sociais que a criança vivencia fora do ambiente familiar. Envolve negociação, acordo de regras, paciência e até certo nível de frustração — afinal, nem sempre é divertido ser o pegador. Mas até isso ensina: aceitar o papel de cada um na dinâmica, lidar com a derrota momentânea e, acima de tudo, entender que o jogo continua. Não há vencedor fixo, apenas rodadas e mais rodadas de alegria.
Por ser coletivo, o pega-pega exige escuta e organização. Antes de começar, as crianças definem quem será o primeiro pegador, onde é permitido correr, se haverá "salvo" ou não — aquela área onde quem entra não pode ser pego. Cada detalhe é definido em conjunto, o que fortalece o senso de pertencimento ao grupo. É nesse tipo de brincadeira que a criança aprende, sem perceber, os primeiros traços da vida em sociedade.
Durante o jogo, os vínculos se fortalecem. Risos, gritos e corridas tornam-se uma linguagem única entre os pequenos. É nesse tipo de troca que amizades se constroem. A sensação de "quase ser pego", de escapar no último segundo, é compartilhada com intensidade e empolgação. E, quando o cansaço chega, é hora de conversar, recomeçar ou simplesmente descansar juntos, deitados no chão, olhando o céu e esperando a próxima rodada.
Num mundo onde brinquedos eletrônicos ganham cada vez mais complexidade, o pega-pega nos lembra que o essencial para uma boa brincadeira continua sendo a interação entre as crianças. O jogo é acessível, gratuito e inclusivo. Não exige habilidades específicas, e pode ser jogado por crianças de diferentes idades e níveis motores. Cada um contribui como pode, e todos se envolvem igualmente no fluxo da brincadeira.
Essa simplicidade torna o pega-pega extremamente adaptável. Ele pode ser jogado com três ou trinta crianças, em espaços pequenos ou amplos. Basta ajustar as regras, criar variações e usar a criatividade. Em lugares menores, versões como “pega-congelou” ou “pega-cadeirinha” funcionam muito bem. Já em áreas maiores, como praças ou parques, as crianças correm soltas, explorando cada canto como um possível esconderijo.
Mesmo os adultos, ao observarem ou se envolverem nas brincadeiras, percebem o quanto é possível ensinar valores por meio do lúdico. O pega-pega não é só sobre correr: é sobre empatia, sobre esperar o colega se levantar quando cai, sobre aceitar ser o pegador e continuar sorrindo. Ele ensina que errar faz parte, que o jogo vira, e que cada rodada traz uma nova chance. É sobre tentar de novo — e isso, por si só, é uma grande lição de vida.
Para que uma brincadeira como o pega-pega seja vivida em sua plenitude, é fundamental que a criança esteja vestida com liberdade. Tecidos pesados, peças desconfortáveis ou roupas que limitam o movimento podem prejudicar a experiência. É por isso que pensar em boas roupas infantis não é futilidade — é cuidado. Peças leves, flexíveis e resistentes garantem segurança e facilitam os movimentos rápidos e espontâneos típicos da infância.
Crianças não pensam duas vezes antes de se jogar no chão, correr na grama ou pular uma poça d’água. E é exatamente assim que deve ser. Cabe aos adultos oferecer roupas que acompanhem esse ritmo, sem medo de manchas ou rasgos. Bons materiais e cortes pensados para o corpo infantil fazem toda a diferença no conforto e no aproveitamento da brincadeira. Afinal, quando o corpo está livre, a mente também se solta.
Além disso, a escolha de roupas apropriadas para brincar reforça o valor da infância. É uma forma de dizer: “Você pode correr, explorar, cair e levantar quantas vezes quiser”. Quando a criança sente que seu corpo está confortável e que seus movimentos são respeitados, ela se expressa de maneira mais autêntica. E é nesse espaço de liberdade que as melhores memórias são criadas — daquelas que duram uma vida inteira.
O objetivo do pega-pega é simples: correr para não ser pego e, se for o pegador, tentar encostar em outro participante para passar a vez. A brincadeira estimula o movimento, a atenção e o espírito coletivo.
Crianças a partir dos 3 anos já podem brincar de versões simples do pega-pega, adaptadas ao seu ritmo e espaço. A brincadeira se mantém interessante até idades maiores, com variações mais desafiadoras.
Não. O pega-pega não exige nenhum objeto ou material. Basta um espaço seguro para correr, crianças dispostas e roupas confortáveis para garantir liberdade de movimento.
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MARINA FERNANDEZ GUEDES
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