A área da saúde permanece entre as mais promissoras para quem busca estabilidade profissional, alta empregabilidade e atuação socialmente relevante. A expansão dos serviços de saúde no setor público e privado, somada à maior consciência coletiva sobre bem-estar físico e mental, tem aquecido a procura por cursos superiores no campo. Medicina, Enfermagem, Odontologia e Fisioterapia se destacam como formações de base sólida e múltiplas possibilidades de especialização.
Na Enfermagem, a versatilidade é uma das marcas da profissão. Enfermeiros atuam no atendimento direto ao paciente, na supervisão de equipes técnicas e no acompanhamento de tratamentos, dentro e fora de unidades hospitalares. Também ganham relevância áreas como enfermagem neonatal, psiquiátrica e oncológica. A formação exige habilidades técnicas e humanas, além de preparo para lidar com situações de alta complexidade em diferentes contextos.
A Medicina continua sendo uma das graduações mais concorridas do país, refletindo o prestígio e a responsabilidade atribuídos à profissão. O curso, com duração mínima de seis anos, exige dedicação integral e oferece acesso a especializações altamente demandadas, como clínica médica, pediatria, psiquiatria e cardiologia. O avanço das tecnologias diagnósticas e terapêuticas também transforma o trabalho do médico, ampliando a necessidade de atualização contínua.
No campo da Odontologia, os cirurgiões-dentistas encontram um mercado diversificado. Procedimentos estéticos, tratamentos com laser e harmonização orofacial se somam às práticas de prevenção e reabilitação bucal. A carreira também oferece espaço para o empreendedorismo, com clínicas próprias ou prestação de serviços especializados.
“O mercado de trabalho está cada vez mais amplo. Hoje a odontologia não é mais limitada a clínicas odontológicas e consultórios. Nós temos um mercado ligado à odontologia hospitalar e à presença do dentista dentro de UTIs e hospitais. E também na parte de gestão do mercado de trabalho, como hoje o Secretário de Saúde do Rio de Janeiro é dentista”, explica Giselle Almeida, coordenadora do curso de Odontologia da Unigranrio Afya.
Diante desse cenário de expansão das atuações, a formação prática ganha ainda mais importância para garantir que os estudantes estejam preparados para os diferentes contextos da profissão. “O curso de Odontologia do Grupo Afya preza muito pelas práticas, porque sabemos o quanto o aluno tem que estar preparado. O aluno, já na primeira clínica que ele vai atender, precisa de uma habilidade com os instrumentos para a segurança dele e do paciente”, complementa Giselle.
Já a Fisioterapia tem ampliado seu protagonismo ao atuar diretamente na reabilitação física e funcional dos pacientes. Com um escopo que inclui desde o tratamento de lesões ortopédicas até o suporte a pacientes neurológicos e respiratórios, o fisioterapeuta é hoje peça-chave em hospitais, clínicas e programas de recuperação pós-trauma, por exemplo. A atuação preventiva e o cuidado individualizado também têm gerado novas demandas fora do ambiente hospitalar.
A crescente valorização da saúde integral, incluindo aspectos emocionais, nutricionais e funcionais do corpo humano, contribui para o fortalecimento dessas carreiras. A formação técnica exige cada vez mais aprofundamento científico e habilidades interpessoais, num cenário em que o cuidado humanizado e a comunicação eficiente se tornaram diferenciais relevantes.
Além da atuação tradicional, há uma expansão para nichos específicos. Médicos e fisioterapeutas, por exemplo, têm ganhado espaço em equipes esportivas, clínicas especializadas em dor crônica e no atendimento domiciliar. Enfermeiros seguem sendo fundamentais em centros de vacinação, unidades de terapia intensiva e ações de vigilância epidemiológica. Dentistas ampliam sua atuação com procedimentos estéticos, implantodontia e odontopediatria.
“Áreas como a ortodontia, implantodontia, cirurgia bucomaxilofacial, tem hoje uma remuneração muito peculiar e significativa, onde há profissionais se destacando muito no mercado. Existe uma área muito ampla de atuação e vários concursos”, pontua Giselle.
Outro fator que sustenta a atratividade dessas carreiras é a relativa resistência à automação. Embora tecnologias como inteligência artificial estejam sendo integradas à rotina médica, o contato humano continua sendo essencial no cuidado com o paciente. Isso coloca as profissões da saúde entre as mais estáveis diante das transformações do mercado de trabalho.