Recife sonhado e escrito: Toinho Castro, multiartista radicado no Rio, lança “Nada existe” na Flip 2025

Obra fragmentada e poética reflete sobre a nostalgia do Recife e a escrita como ato de liberdade; autor apresentará o livro na Flip 2025, com sessão de autógrafos no dia 1 de agosto

VERIANA RIBEIRO
10/07/2025 11h57 - Atualizado há 5 dias

Recife sonhado e escrito: Toinho Castro, multiartista radicado no Rio, lança “Nada existe” na Flip 2025
Acervo Pessoal

Com uma narrativa que flui entre memórias afetivas e reflexões sobre o tempo, Toinho Castro lança "Nada existe", publicado pela editora Mamakoosa. Escrito ao longo de sete anos, o trabalho nasceu de lampejos criativos, inspirados por ruas, imagens e versos que resgatam o Recife da infância e juventude do autor. "É um livro livre, meio selvagem", define. "Não quis dar-lhe o trato de um romance estruturado. Quis que ele tivesse a marca das fagulhas que me fizeram escrevê-lo."

Durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2025, o autor fará uma sessão de autógrafos no dia 1 de agosto, às 13h, no estande da com.tato, localizado na Casa Escreva, Garota (Travessa Gravatá 56c/d). Os visitantes da Flip poderão adquirir exemplares do livro diretamente no local.

Os temas centrais da obra — memória, amizade e sonho — surgem como ecos de uma vida entre Natal, Recife e Rio de Janeiro. "Morar longe da cidade onde cresci me mergulhou em uma nostalgia que se transformou em escrita", explica o autor. O resultado é uma prosa poética que oscila entre o autobiográfico e o universal, convidando o leitor a se perder (e se encontrar) em suas lacunas e ritmos. "Não penso em mensagens. Penso no texto e no que ele pode suscitar em cada um. Um livro é uma porta que abre algo diferente para quem lê."

A relação de Toinho com a escrita é orgânica e despretensiosa. Sem rituais ou metas, ele se deixa guiar pela surpresa: "Escrevo porque leio. E escrevo quando a palavra me visita". Essa liberdade transborda em "Nada existe", que dialoga diretamente com seu livro anterior, "Imbiribeira" (2021). "Penso que ando escrevendo um único livro", reflete. "'Nada existe’ nasce da mesma fonte, dessa busca por capturar o que já não existe mais, exceto na literatura."

Influenciado por nomes como Jorge Luis Borges, Maria José Dupré e Ariano Suassuna, Toinho constrói uma escrita que desafia classificações. "Que outros corram atrás de gêneros. Eu simplesmente escrevo", afirma. O livro, quase uma autopublicação, foi viabilizado por financiamento coletivo, mas já abre caminho para futuras parcerias editoriais. Para o autor, mais que um objeto, a obra é um processo transformador: "Livro e escritor têm uma relação simbiótica. Ninguém sai ileso de escrever um livro".

Sobre o autor

Toinho Castro (Natal, 1966) é um multiartista radicado no Rio de Janeiro desde 1997. Fotógrafo, músico e escritor, publicou Imbiribeira (2021) e organizou a coletânea “Lendário Livro”, além de editar por cinco anos a revista Kuruma'tá. Com uma trajetória marcada pela agitação cultural, seus trabalhos exploram a memória afetiva e a potência do cotidiano. 

Para adquirir a obra, entre em contato no Instagram com Toinho Castro ou Mamakoosa.

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
VERIANA RIBEIRO ALVES
[email protected]


Notícias Relacionadas »