Palestra na escola dos filhos inspira advogado a escrever livro sobre cidadania nos tempos atuais

Obra de Enrico Francavilla propõe um olhar atual e acessível sobre os direitos e deveres dos cidadãos, além dos desafios da convivência democrática na era das redes sociais

Elaine Alves
10/07/2025 17h06 - Atualizado há 11 horas

Palestra na escola dos filhos inspira advogado a escrever livro sobre cidadania nos tempos atuais
Divulgação

O que seria apenas uma palestra para estudantes do Ensino Médio em uma escola de São Paulo transformou-se no ponto de partida para um projeto muito maior. Convidado pela escola dos próprios filhos para falar sobre Cidadania, Constituição e Democracia, o advogado e jurista Enrico Francavilla percebeu o impacto daquele conteúdo — e o quanto ele ainda está ausente no cotidiano das pessoas.

Dessa experiência nasceu o livro “Manual da Cidadania – Constituição, República, Democracia e Liberdade na Era das Redes Sociais”, que chega ao público com uma proposta clara: ajudar cidadãos — especialmente os jovens — a compreenderem de forma acessível os direitos, deveres e a importância da participação ativa na vida democrática, dentro e fora das redes sociais.

“Ao preparar aquela conversa, percebi que muitos jovens não sabem que temos uma base constitucional muito sólida, que coloca a cidadania e os direitos fundamentais em primeiro lugar. Nossa Constituição não é perfeita, como nenhuma é, mas é muito boa. E, à medida em que eu explicava, eles se interessavam, queriam participar, faziam perguntas. Foi um grande prazer — e também um grande incentivo para transformar aquele conteúdo básico em um livro”, explica o jurista.

O manuscrito ficou guardado por quase seis anos. Mas, diante do cenário atual — marcado pela propagação de fake news, tensões ideológicas e distorções no uso das redes sociais —, Francavilla decidiu resgatar o material, revisar, atualizar e incluir um capítulo específico sobre os desafios do ambiente digital. Assim, a publicação ganhou ainda mais relevância, abordando como a cidadania, os direitos fundamentais e a convivência democrática são impactados na era das plataformas digitais.

Mais do que um advogado, pai e educador ocasional, Enrico se reconhece também como um cidadão preocupado com o futuro. Ao aceitar aquele convite da escola, ele não quis apenas transmitir conhecimento — mas também exercer um ato de exemplo. “Naquele momento, quis mostrar aos meus filhos e aos colegas deles que entender a Constituição, participar, se informar e se posicionar são deveres de todos nós. E agora, com este livro, levo essa mensagem para mais pessoas. Porque se queremos uma sociedade melhor, mais justa e mais democrática, ela começa dentro da nossa casa, da nossa escola e da nossa comunidade”, reflete.

É justamente essa consciência que move o autor: entender que a Constituição, por si só, é apenas um texto — um conjunto de princípios e regras. “Quem faz a Constituição funcionar somos nós, membros da sociedade. É o nosso compromisso diário com a cidadania, a participação e a responsabilidade que dá vida aos direitos e deveres que estão ali”. 

Muito mais que uma obra jurídica, o livro funciona como um guia prático para quem busca entender, de forma clara, como funciona a República, quais são os pilares do Estado democrático, quais os limites da liberdade de expressão, como combater a desinformação e como exercer, na prática, a participação cidadã. 

“A educação cidadã é uma responsabilidade de todos. Precisamos, mais do que nunca, fortalecer esse diálogo com as novas gerações, resgatar o espírito democrático e entender que liberdade, inclusive nas redes sociais, exige responsabilidade. Sem conhecimento, essa liberdade se perde e pode virar desordem”, reforça o advogado.


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ELAINE CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA
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