Ficção científica ou realidade? O que livros sobre futuros distópicos têm a dizer sobre o presente

Lançamento em julho, o romance futurista de Túlio Iannini inspira discussão sobre tecnologia, ética e sociedade

Bendita Letra
03/07/2025 08h59 - Atualizado há 3 horas

Ficção científica ou realidade? O que livros sobre futuros distópicos têm a dizer sobre o presente
Arquivo Pessoal/Divulgação
 

Telas por todos os lados, sistemas que prevêem comportamentos antes mesmo que aconteçam, relações humanas mediadas por algoritmos e uma constante vigilância disfarçada de conveniência. Parece enredo de ficção científica — e é. Mas também é o retrato cada vez mais real do nosso cotidiano. Inspirado por esse cenário, o autor mineiro Túlio Iannini lança em breve o livro “A Era dos Anéis de Sangue”, uma narrativa futurista que se passa em uma sociedade hiperconectada, em que os próprios cidadãos controlam uns aos outros por meio de anéis digitais que vigiam e punem comportamentos considerados “desviantes”.

Apesar de ambientado em um futuro distópico, o romance não se limita ao campo da imaginação. A obra funciona como um espelho crítico do presente, abordando temas urgentes como privacidade, vigilância digital, manipulação algorítmica, cultura do cancelamento e a fragilidade das liberdades individuais em tempos de hiperexposição. “As distopias sempre falaram sobre o tempo em que foram escritas. Elas exageram o presente para revelar o que estamos deixando passar”, afirma o autor.

A ficção, nesse sentido, se torna um território fértil para refletir sobre as consequências das escolhas sociais e tecnológicas que fazemos hoje. “O avanço da tecnologia não é neutro. Ela pode ampliar liberdades, mas também criar novas formas de opressão, muitas vezes com o nosso consentimento”, destaca Iannini. Segundo ele, o objetivo da obra não é prever o futuro, mas provocar o leitor a questionar o presente.

A força das distopias está justamente na sua capacidade de espelhar, com certo exagero, dilemas que já estão entre nós. Ao apresentar sociedades onde a tecnologia domina o cotidiano, a vigilância é constante e os sentimentos humanos são diluídos, esses romances nos fazem repensar decisões aparentemente inofensivas, como aceitar termos de uso sem ler, permitir rastreamento de dados ou ceder à hiperexposição nas redes sociais. “É como segurar um espelho diante do nosso tempo: quanto do que lemos como ficção já não está, de alguma forma, acontecendo?”, questiona Túlio. Ao provocar esse desconforto, os livros distópicos cumprem um papel essencial: nos despertar do automático e reacender o senso crítico diante das transformações do mundo.

Mais do que entretenimento, obras como “A Era dos Anéis de Sangue” atuam como alertas sobre caminhos que estamos trilhando enquanto sociedade. Elas nos convidam a pausar, refletir e decidir que tipo de futuro queremos construir — antes que ele se torne inevitável.


 

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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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FONTE: Fonte: Túlio Iannini — empreendedor com mais de 30 anos na área de tecnologia, fundador e CEO da fintech U4C, colunista no INVESTING.com; referência nacional em inovação e pagamentos digitais.
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