CNU 2025 tem cotas ampliadas, equidade de gênero e provas em duas etapas

Advogado especialista em concursos públicos, Max Kolbe, analisa as principais mudanças e destaca avanços em inclusão e governança no novo modelo

PREZZ COMUNICAçãO
03/07/2025 15h54 - Atualizado há 9 horas

CNU 2025 tem cotas ampliadas, equidade de gênero e provas em duas etapas
Divulgação
 

O Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 chega com uma série de reformulações que sinalizam um novo momento para os concursos públicos no Brasil. Entre as principais mudanças estão o critério de equidade de gênero na segunda fase, a ampliação das ações afirmativas para grupos historicamente marginalizados e a realização das provas em duas datas distintas. As inscrições começam nesta quarta-feira, 2 de julho, com a promessa de um processo mais inclusivo e transparente.

Uma das inovações mais relevantes é a garantia de que ao menos 50% das pessoas convocadas para a etapa discursiva sejam mulheres. Segundo o governo, se o percentual de candidatas aprovadas for inferior, mais mulheres serão chamadas até que haja paridade. “É um marco na política de concursos públicos. Pela primeira vez, o critério de igualdade de gênero se converte em ação concreta e vinculante”, avalia o advogado Max Kolbe, especialista em concursos públicos.

Outra mudança significativa está na ampliação das cotas. Agora, o concurso reserva 35% das vagas para ações afirmativas: 25% para pessoas negras, 3% para indígenas, 2% para quilombolas e 5% para pessoas com deficiência. Para cargos com menor número de vagas, foi realizado um sorteio para distribuição proporcional. “A iniciativa representa um amadurecimento institucional do Estado, ao reconhecer desigualdades estruturais e buscar repará-las dentro do próprio serviço público”, aponta Kolbe.

A terceira mudança envolve a aplicação das provas. Diferentemente da primeira edição, que ocorreu em um único dia, o CNU 2 será dividido: provas objetivas acontecerão em 5 de outubro e as discursivas em 7 de dezembro. Além disso, as avaliações contarão com códigos de barras individuais por página, abandonando o antigo sistema de marcação por tipo de prova. Para Max Kolbe, “o novo formato fortalece a governança e oferece maior controle técnico sobre o processo, além de reduzir o risco de fraudes”.

Organizado agora pela Enap (e não mais pelo MGI), o concurso disponibilizará 3.652 vagas em 32 órgãos federais, distribuídas em nove blocos temáticos. Do total, 3.144 são para cargos de nível superior e 508 para nível intermediário. Para Kolbe, as alterações colocam o CNU 2025 em outro patamar: “É um modelo que combina inclusão, inovação e segurança. A expectativa é que ele se torne referência permanente para concursos públicos no país.”


 

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SUENIA MICHELLE QUEIROZ DANTAS
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