Com a aproximação das eleições municipais, a panfletagem política voltou a ganhar destaque entre as estratégias utilizadas por campanhas eleitorais em todo o Brasil. A distribuição de santinhos, prática tradicionalmente usada para impulsionar a visibilidade dos candidatos, teve um crescimento de 28% na demanda durante o primeiro semestre de 2025, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Marketing Eleitoral (ABME).
O aumento é atribuído à saturação das redes sociais e à nova regulamentação do TSE, que restringe impulsionamentos pagos em determinadas plataformas, levando equipes de campanha a redirecionar verbas para ações presenciais e impressas. A panfletagem, antes considerada ultrapassada por alguns setores, tem sido reavaliada como um canal de engajamento direto e custo-efetivo, principalmente em regiões periféricas e zonas eleitorais de alta circulação.
“Não se trata apenas de espalhar papel, mas de criar presença local. Panfletos bem direcionados e distribuídos por profissionais capacitados geram impacto e lembrança de voto. Nossa recomendação para gestores de campanha é investir em roteiros estratégicos, horários de pico e materiais visualmente marcantes”, explicou Matheus Ferreira, CEO da Expo Distribuição, empresa de panfletagem e distribuição de panfletos com atuação em mais de 40 municípios.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, mais de R$ 230 milhões foram oficialmente declarados até junho de 2025 em despesas com materiais gráficos e serviços de distribuição, um salto de 36% em relação ao mesmo período nas eleições de 2020. Em São Paulo, cidades como Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo lideram o volume de contratação de empresas de panfletagem profissional.
Além do custo acessível em média, R$ 0,18 por panfleto distribuído, a estratégia permite segmentações territoriais de alta precisão. Diferentemente do marketing digital, que depende de algoritmos e conexões, a distribuição física garante exposição direta em pontos de alta circulação, como feiras, terminais de ônibus, igrejas e portas de escolas.
Especialistas em comunicação política apontam que a panfletagem também atua no reforço do reconhecimento de imagem do candidato. O contato físico com o material e a presença recorrente de equipes uniformizadas em campo têm contribuído para consolidar a lembrança de voto, especialmente entre eleitores indecisos ou de menor engajamento digital.
Para empresas que contratam esses serviços, a terceirização da panfletagem representa uma solução estratégica. Profissionais treinados, controle de rotas, relatórios fotográficos e flexibilidade regional fazem com que agências e coordenações de campanha optem por prestadoras especializadas, ao invés de contratar promotores individuais sem estrutura.
Com os primeiros debates programados para julho e a propaganda eleitoral iniciando oficialmente em agosto, o mercado de panfletagem política deve continuar aquecido até outubro, mês do primeiro turno. A expectativa do setor é encerrar 2025 com um faturamento recorde, consolidando a retomada da distribuição física como ferramenta essencial no cenário eleitoral contemporâneo
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Renan Rodrigues de Souza
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