Testes de proficiência em idiomas: entenda o que são, quando fazer e como se preparar
Certificações internacionais exigem foco e preparo na hora da escolha e dos estudos, e ajudam a abrir portas em universidades, empresas e processos de imigração
VAGNER LIMA
26/06/2025 11h23 - Atualizado há 1 dia
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Dominar um idioma estrangeiro é o passaporte para o sucesso, seja no âmbito acadêmico, profissional ou pessoal. E para quem deseja estudar, trabalhar ou morar fora do Brasil, em muitos casos é preciso comprovar o nível de conhecimento em inglês, espanhol ou outro idioma. E, para isso, os testes de proficiência são grandes aliados.
Mas, afinal, o que é um teste de proficiência? Como ele difere da fluência? Qual exame escolher? E como se preparar? “O primeiro passo é entender a finalidade do teste, se é para ingressar em uma universidade, para um visto de trabalho ou para compor o currículo. Cada situação pode exigir um exame diferente, com formatos e exigências específicos”, explica a coordenadora de Espanhol e professora da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo, capital, Taiana Vanucci.
A especialista lembra que, embora os termos sejam parecidos, proficiência e fluência têm significados distintos. “Fluência é um conceito mais subjetivo, relacionado à capacidade de se comunicar com naturalidade, sem pausas longas ou dificuldades frequentes. Já a proficiência é mensurável e envolve o domínio técnico do idioma em diferentes habilidades, com base em uma escala de avaliação padronizada”, explica.
Geralmente, os testes são divididos em etapas que avaliam as principais competências linguísticas: leitura, escrita, compreensão auditiva e fala. A parte oral geralmente é realizada com um examinador ou por meio de gravações, enquanto as demais são feitas por escrito ou em computadores. A depender do teste, o tempo de duração varia entre duas e quatro horas, e podem ser feitas em formato digital ou presencial. Os resultados das provas costumam ser exigidos por universidades no exterior, processos seletivos internacionais, empresas multinacionais e órgãos de imigração.
Quais são os níveis de proficiência?
O Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (Common European Framework of Reference for Languages – CEFR) categoriza os falantes conforme abaixo:
A - Básico
A1 (Iniciante): é o primeiro estágio do aprendizado. O falante consegue compreender e usar expressões familiares e cotidianas, além de frases simples. É capaz de se apresentar e responder perguntas básicas, desde que o interlocutor fale devagar e com clareza.
A2 (Básico ou Pré-intermediário): o falante se comunica em tarefas simples e rotineiras que exigem uma troca direta de informações. Consegue falar sobre aspectos pessoais (como onde mora, sua família, seus estudos), compreender instruções simples e se virar em situações previsíveis, como fazer compras ou pedir informações.
B - Independente
B1 (Intermediário): neste nível, a pessoa consegue lidar com situações do dia a dia enquanto viaja, descrever experiências, eventos, desejos e ambições e dar opiniões de forma básica. É capaz de produzir textos simples e coerentes sobre temas familiares ou de interesse pessoal.
B2 (Usuário Independente): o falante do idioma demonstra independência, compreende textos mais complexos, como artigos e reportagens, interage com falantes nativos com certo grau de espontaneidade, participa de reuniões de trabalho e defende argumentos em discussões, ainda que com algumas limitações linguísticas.
C - Proficiente
C1 (Proficiência operativa eficaz): nesse estágio, a pessoa tem um domínio funcional e eficaz da língua em contextos sociais, acadêmicos e profissionais. Compreende longos discursos, se expressa de maneira clara e bem estruturada, usando vocabulário amplo. Consegue produzir textos detalhados, com fluidez e coesão.
C2 (Domínio Pleno): é o nível mais alto de proficiência, e o candidato compreende praticamente tudo o que lê ou ouve, mesmo conteúdos complexos e técnicos. É capaz de resumir informações de diferentes fontes, reconstruir argumentos e se expressar com precisão, naturalidade e sofisticação, mesmo em contextos formais, acadêmicos ou de negócios. Pessoas nesse nível geralmente têm vocabulário comparável ao de falantes nativos.
Como escolher o teste certo?
Existem diferentes exames disponíveis no mercado. A escolha vai depender do seu objetivo acadêmico ou profissional.
No caso do inglês, a Cambridge English oferece alguns dos testes mais conhecidos mundialmente, como o First Certificate in English - FCE, o Certificate of Proficiency in English - CPE e o Cambridge Advanced Examination - CAE, ideais para quem busca uma certificação com validade vitalícia e por empresas e órgãos governamentais; e o IGCSE, uma certificação internacional para alunos de 14 a 16 anos, que incentiva o pensamento crítico, a resolução de problemas e a comunicação eficaz, e tem reconhecimento global por universidades e empresas.
Há ainda o TOEFL (Test of English as a Foreign Language), amplamente exigido por universidades norte-americanas e canadenses, e que avalia a capacidade de comunicação em contextos acadêmicos; e o IELTS (International English Language Testing System), que tem uma versão acadêmica voltada para ingresso em instituições de ensino, e a geral, usada para imigração e trabalho.
Já para o idioma espanhol, os principais exames são o DELE (Diplomas de Español como Lengua Extranjera), organizado pelo Instituto Cervantes em nome do governo da Espanha, um diploma oficial que certifica a proficiência no idioma para fins acadêmicos e profissionais, e tem validade permanente; e o SIELE (Servicio Internacional de Evaluación de la Lengua Española), um exame mais recente, voltado para quem precisa de resultados rápidos e aceito por muitas universidades e empresas na América Latina, Espanha e outras regiões.
Segundo a professora da Aubrick, com planejamento, estratégia, orientação e prática, é possível alcançar o nível desejado e conquistar a aprovação nos textos de proficiência. Com táticas como essas, por exemplo, a escola marcou índice de 98% de aprovação dos alunos no exame DELE 2024.
“Na Aubrick, o ensino de espanhol vai muito além da sala de aula tradicional. Desde os primeiros anos, os alunos têm contato com projetos culturais, produções textuais autênticas e atividades interdisciplinares que valorizam o uso real da língua. Essa construção ao longo dos anos é o que faz com que, ao chegar ao Ensino Médio, eles estejam preparados, emocional e linguisticamente, para enfrentar desafios como o exame DELE com segurança e autonomia”, afirma Taiana.
A aluna Luiza V., de 17 anos, conseguiu obter certificações internacionais relevantes em línguas estrangeiras, resultado de estudo sério e dedicado. “Ao longo dos anos, minha experiência educacional na Aubrick tem sido muito mais do que um espaço de aprendizagem. Graças a uma educação de qualidade e a um apoio contínuo da escola, em espanhol, fiz o exame DELE e obtive o nível B2. Em inglês, obtive o nível C2 no exame de Cambridge, que certifica um domínio praticamente nativo do idioma. Tenho orgulho de compartilhar essa jornada e recomendo que os alunos participem dos testes que a escola oferece”, afirma a jovem.
Confira dicas de preparação para o teste: - Pesquise o formato do exame: cada teste tem estrutura, tempo e critérios próprios. Conhecer esses detalhes ajuda a reduzir a ansiedade;
- Treine com provas anteriores: simulados são essenciais para se acostumar com o ritmo da avaliação;
- Invista em todas as habilidades: ler e ouvir bem não basta — é preciso também escrever e falar com clareza;
- Organize um cronograma de estudos: determine metas realistas e reserve tempo para revisão;
- Considere um curso preparatório: o acompanhamento profissional pode ser decisivo, principalmente para quem tem prazos curtos ou metas altas.
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FONTE: FSB Comunicação