Biomarcadores são substâncias, genes ou características biológicas mensuráveis que indicam um processo fisiológico ou patológico no organismo. No caso do câncer, os biomarcadores podem ser usados para detectar a presença da doença, prever sua evolução e monitorar a resposta ao tratamento.
O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns entre os homens, especialmente a partir dos 50 anos. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Tradicionalmente, os principais exames utilizados são o toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA). No entanto, o PSA tem baixa especificidade, ou seja, pode estar elevado mesmo na ausência de câncer, como em casos de prostatite ou hiperplasia prostática benigna.
O urologista oncológico Dr. Antônio Brunetto Neto, do COP – Centro de Oncologia do Paraná, explica que é nesse contexto surgem os biomarcadores moleculares como ferramentas promissoras para melhorar a acurácia diagnóstica e evitar biópsias desnecessárias.
Os principais biomarcadores utilizados são o PSA livre e relação PSA livre/total, PCA3 (Prostate Cancer Antigen 3, PHI (Prostate Health Index), 4Kscore, TMPRSS2-ERG e ExoDx Prostate (IntelliScore). “Com o avanço das técnicas de genômica, proteômica e bioinformática, novos biomarcadores estão sendo desenvolvidos e validados, com o objetivo de reduzir o número de biópsias invasivas, identificar tumores agressivos que necessitam de tratamento imediato e evitar o supertratamento de tumores indolentes”, expõe.
O futuro dos biomarcadores
O futuro dos biomarcadores está sendo moldado por inovações tecnológicas que permitem uma análise mais profunda e precisa das características moleculares dos tumores. A integração de inteligência artificial (IA) com big data genômico e clínico também permitirá a construção de modelos preditivos altamente acurados. A IA pode correlacionar milhares de variáveis moleculares com desfechos clínicos. Com isso, caminhamos para uma medicina cada vez mais de precisão, em que o tratamento do câncer de próstata será guiado pelo perfil molecular de cada paciente.
“Os biomarcadores representam uma revolução no diagnóstico do câncer de próstata, oferecendo meios mais seguros e eficazes de identificar a doença. Embora o PSA ainda seja amplamente utilizado, a integração de novos testes pode transformar a prática clínica, levando a um diagnóstico mais precoce, preciso e com menos riscos para o paciente. Com a incorporação de tecnologias de ponta e a personalização do cuidado, será possível oferecer tratamentos mais eficazes, menos invasivos e com melhor qualidade de vida para os pacientes”, reforça Antônio Brunetto Neto.
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Heverson Bayer
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