A tecnologia é uma grande aliada das companhias no combate às fraudes. Para ilustrar, dados Quod mostram que, há dois anos, um CPF conseguia cometer de 5 a 6 golpes antes de ser detectado por um sistema. Hoje, a média de golpes cometidos por um mesmo CPF cai para 1.2 crimes até ser descoberto. Em um mercado em que as fraudes se tornam cada vez mais sofisticadas, esse cenário só é possível pelo uso massivo de dados para gerar inteligência.
“No combate às fraudes, os dados são uma arma, em especial, quando temos um filtro que ajuda a transformar as informações em inteligência. Hoje em dia, com Machine Learning, as máquinas conseguem aprender de maneira rápida, porém, elas ainda precisam ser tão rápidas quanto os fraudadores – que também tem acesso à essas inovações. Isso só pode ser atingido por meio de soluções que tenham como cerne uma cultura data-driven”, explica Danilo Coelho, diretor de produtos e dados da Quod, datatech que transforma dados em inteligência para a tomada de decisões.
Esse processo é possível graças a utilização da Inteligência Artificial para prever comportamentos e alertar logo que uma ação suspeita é identificada. “Diferente de um perfil inadimplente, que é afetado por condições externas, mas tende a ser relativamente estável, os fraudadores mudam muito rápido. Por conta disso, é essencial garantir a abundância da coleta do dado - com fontes variadas e alternativas - e, principalmente, a governança dele para permitir que essa tecnologia seja capaz de gerar insights precisos.”, diz Danilo.
O especialista também indica que, atualmente, o uso da IA para análises em escala ainda é algo visto em empresas mais maduras. Ainda assim, os dados estão cada vez mais acessíveis. Para ele, nesse cenário, soluções pré-moldadas, que podem ser inseridas dentro de processos já existentes, também podem acelerar as companhias a atingirem esse nível de maturidade. “Ainda vejo uma falta de maturidade processual para se adequar às ferramentas para lidar com a rapidez das fraudes. Nesse sentido, a oportunidade está dentro das empresas, que precisam se tornar mais maduras. Nós, que somos a defesa, temos uma vantagem estratégica. Além do incentivo de reguladores como o Banco Central para o compartilhamento de informações, temos um filtro de qualidade do que recebemos, enquanto o mundo do fraudador é ineficiente, pois funciona na base da tentativa e erro, completa Danilo.
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MARIA FERNANDA SOUZA PETRIZZO
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