Dados invisíveis, riscos reais: a urgência da gestão inteligente na saúde

Transformar informação em ação é o diferencial entre uma gestão intuitiva e uma gestão inteligente

JULIANA REGIS
23/06/2025 08h48 - Atualizado há 1 dia

Dados invisíveis, riscos reais: a urgência da gestão inteligente na saúde
Crédito Freepik
Desde sua origem, os dados atuam como direcionador para que decisões satisfatórias sejam tomadas pela gestão hospitalar. Mas, apesar de sua importância, ainda existem instituições com o chamado “indicador invisível”, ou seja, quando há pouco ou quase nenhum dado para ser analisado. A consequência dessa ausência é uma administração baseada em intuição ou experiências próprias - cenário esse que pode provocar danos ao paciente e investimentos desnecessários.

De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2024, felizmente, mais da metade (72%) dos hospitais brasileiros realizam a análise de dados para a tomada de decisões. Porém, ainda existe uma pequena parcela significativa (28%) que não possuem indicadores predefinidos ou não utiliza essa ferramenta como apoio à gestão - o que resulta em escolhas incertas e inseguras para a instituição.

 

“Acredito que mais perigoso do que não ter dados concretos em hospitais é tê-los e não saber como interpretá-los, nem qual é a melhor estratégia a ser seguida a partir dessa análise. Afinal, a invisibilidade pode ocorrer tanto na ausência da informação quanto na falta de visão crítica", sinaliza Kele Dias, executiva de contas da CeosGO, empresa cuja missão está em potencializar a gestão por meio de soluções digitais.

Ainda de acordo com a executiva, a falta de uma “gestão inteligente” costuma impactar a qualidade do atendimento assistencial e gerar desperdícios. Além disso, dificulta o controle de custos e pode comprometer a segurança do paciente.

Felizmente, com a inclusão cada vez mais assertiva da tecnologia na Saúde, aumentam as possibilidades de acesso à informação em tempo real, o que favorece decisões mais seguras.

Afinal, é por meio de programas de análise de indicadores que o gestor consegue, também, acompanhar a performance da equipe assistencial e identificar o que é necessário para a melhorar a eficiência clínica e operacional. Além disso, há ganhos na gestão de suprimentos - o que permite a disponibilidade imediata de insumos para atender ao paciente -, no aumento da rentabilidade por atendimento, entre outros benefícios.

Assim, em uma realidade na qual a transformação digital já é uma realidade na Saúde, investir na inteligência de dados e na capacitação de profissionais para a sua correta interpretação torna-se fundamental.  O resultado disso é a criação de um hospital que preza não apenas pela excelência no atendimento ao paciente, como também pela segurança e eficiência operacional.

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JULIANA MARIA HENRIQUE REGIS
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