ABA na prática: como a intervenção científica impulsiona o desenvolvimento infantil e fortalece famílias

A participação ativa da família no processo terapêutico acelera o desenvolvimento infantil e amplia os ganhos sociais e econômicos

JúLIA BOZZETTO
22/06/2025 20h59 - Atualizado há 1 dia

ABA na prática: como a intervenção científica impulsiona o desenvolvimento infantil e fortalece famílias
Divulgação/Potência

A ciência tem mostrado que o desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vai muito além da intervenção clínica isolada. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA), considerada uma das metodologias mais eficazes e validadas para o desenvolvimento de crianças com autismo, ganha ainda mais potência quando associada à participação ativa das famílias no processo terapêutico.

Silvia Kelly Bosi, neuropsicopedagoga e CEO da Potência – Clínica de Desenvolvimento Infantil, explica que a ABA, quando alinhada às práticas de parentalidade positiva e psicoeducação familiar, gera impactos não apenas no desenvolvimento das crianças, mas também na dinâmica familiar e no desenvolvimento econômico e social.

“A literatura científica mais recente, tanto em países desenvolvidos quanto em grandes centros de pesquisa, já compreende que a família é parte integral do processo terapêutico. A criança não se desenvolve apenas no setting clínico, mas principalmente em seus ambientes naturais: casa, escola e convívio social”, afirma Silvia.

Na prática, a Potência adota modelos de intervenção que integram a família diretamente nas terapias, utilizando recursos como a “sala espelho”, que permite que pais e responsáveis acompanhem e aprendam, em tempo real, como as técnicas são aplicadas. Além disso, são realizados encontros de psicoeducação, estudos de caso e treinamentos específicos para familiares, com o objetivo de que as estratégias sejam replicadas de forma efetiva fora da clínica.

“Se a intervenção acontecer apenas na clínica, corremos o risco de limitar o desenvolvimento da criança. As pesquisas mostram que crianças neurodivergentes possuem uma frequência de aprendizagem menor e precisam de mais tempo para consolidar habilidades na memória de longo prazo. Por isso, é fundamental que essas aprendizagens sejam constantemente reforçadas em casa, na escola e em outros ambientes”, reforça Silvia.

O modelo adotado busca garantir não apenas a aquisição de habilidades, mas principalmente sua generalização, conceito central na ciência ABA, que significa que a criança consegue aplicar o que aprendeu em diferentes contextos e situações da vida real.

Além do impacto direto no desenvolvimento infantil, Silvia ressalta que essa abordagem também gera resultados econômicos e sociais relevantes. “Quando investimos em terapias baseadas na ciência, estamos promovendo mais autonomia para essas crianças, menos dependência no futuro e, consequentemente, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e produtiva”, pontua.

Na Potência, a combinação entre ciência, tecnologia e fortalecimento familiar é o que guia todo o processo terapêutico. “Nosso compromisso é não só desenvolver habilidades nas crianças, mas também empoderar as famílias, tornando-as protagonistas nesse processo de desenvolvimento contínuo”, finaliza Silvia Kelly Bosi.


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