No primeiro trimestre de 2025, os registros de mercado revelaram que a demanda por panfletagem política no Brasil cresceu cerca de 28% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento do portal Jornal do Brás. A evolução indica que partidos e candidatos estão retomando a importância do contato físico para reforçar presença eleitoral, deslocando parte dos investimentos de mídia digital para ações territoriais pontuais.
Especialistas do setor explicam que, apesar dos avanços em propaganda online e nas redes sociais, a distribuição de santinhos continua sendo um canal direto e eficaz de conscientização eleitoral, sobretudo em regiões com menor conectividade. Em 2025, a combinação de panfletagem clássica com torpedos SMS e WhatsApp segmentados se tornou uma prática recorrente em campanhas municipais e estaduais.
Para Matheus Ferreira, CEO da Empresa de Panfletagem – Expo Distribuição, o momento exige ajustes estratégicos. “É preciso mapear bairros com densidade demográfica alta, definir horários de pico e treinar distribuidores para abordar o público de forma profissional”, afirma Matheus. Ele acrescenta: “Plantar panfletos na mão do eleitor, com mensagem clara, custa cerca de um terço do investimento em impulsionamento digital e apresenta taxas de lembrança até 40% maiores”.
Com o aumento da procura, fornecedores desse tipo de serviço registraram crescimento médio de 35% na receita no trimestre inicial de 2025, de acordo com o mesmo levantamento . O desempenho reflete a retomada de grandes clientes políticos, sobretudo prefeitos, vereadores e pré-candidatos que anteciparam investimentos em materiais impressos após a normalização dos prazos de propaganda partidária no rádio e na TV .
Economistas entrevistados destacam que a panfletagem, quando integrada a outras mídias, oferece vantagem de mix diversificado, adicionando credibilidade e alcance localizado à mensagem eleitoral. Em campanhas de 2025, houve casos de redução de 12% no custo por eleitor alcançado ao combinar panfletos, outdoor, carro de som e inserções em rádio públicas.
Do ponto de vista regulatório, a estratégia segue dentro das normas eleitorais, desde que não contenha pedido expresso de voto nem seja realizada em período vedado pela Lei nº 9.504/97. O Tribunal Superior Eleitoral reforçou, em decisões recentes, que panfletagem com abordagens informativas e neutras permanece legal antes do início oficial da campanha.
Para gestores que avaliam investimentos em comunicação eleitoral, a panfletagem política surge como alternativa estratégica capaz de gerar resultados reais com orçamento moderado. O serviço oferece versatilidade na cobertura geográfica, controle de distribuição dos panfletos políticos, adaptação rápida a mudanças táticas e, sobretudo, preço por milheiro até três vezes inferior ao de impulsionamento digital ou inserções tradicionais.
Em meio à redução de incentivos públicos e à pressão por otimização de gastos, diversos partidos ainda estudam cenários para 2026. No entanto, a tendência observada neste primeiro semestre de 2025 mostra que a panfletagem política conquistou espaço como ferramenta econômica confiável e capaz de influenciar decisões de contratação por parte de empresas e gestores que apoiam campanhas.
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Renan Rodrigues de Souza
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