Em Alphaville, projetos pedagógicos de escola conectam a girafa com a comunicação não violenta; entenda!

Escola Internacional de Alphaville adotou o mamífero mais alto do planeta como mascote para ensinar os alunos a olharem o mundo de cima, com empatia e amor

VAGNER LIMA
16/06/2025 12h10 - Atualizado há 12 horas

Em Alphaville, projetos pedagógicos de escola conectam a girafa com a comunicação não violenta; entenda!
Escola Internacional de Alphaville
O Dia Mundial da Girafa é comemorado em 21 de junho. A data foi criada pela Giraffe Conservation Foundation (GCF) como forma de celebrar o animal mais alto do mundo que está vulnerável à extinção e acontece durante o solstício de verão no Hemisfério Norte e o solstício de inverno no Hemisfério Sul, considerados o dia e noite mais longa do ano.

Estimativas apontam que existam menos de 70 mil girafas vivendo em habitat natural, principalmente no sul do continente africano; e sua população total diminuiu 40% nos últimos anos, devido a fatores como perda de habitat, mudanças climáticas e ecológicas, e falta de fiscalização e conscientização.


Na Escola Internacional de Alphaville, em Barueri, a girafa faz parte do cotidiano escolar e está presente pelo campus em forma de pelúcias e bonecos, dos mais variados tamanhos. Inspirado pela simbologia idealizada por Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não Violenta (CNV), o colégio adotou o animal como referência central em seus programas educacionais. E não à toa: o mamífero é o símbolo perfeito de empatia, generosidade e escuta ativa – habilidades que estão no DNA da proposta pedagógica da escola.

Segundo a educadora, psicóloga e gestora da escola, Ana Claudia Favano, o animal é a metáfora da CNV. "A girafa vê de longe, escuta com atenção e pisa com firmeza, mas sem machucar. Essa imagem resume tudo o que queremos desenvolver em nossos alunos: um olhar ampliado para o outro, uma escuta que acolhe e ações que respeitam", explica a idealizadora dos programas de convivência ética e educação socioemocional da escola.

A educadora aponta ainda outras curiosidades da simbologia e anatomia da girafa, que ligam o animal à CNV e à proposta educacional da escola:

- A altura e o pescoço longo da girafa permitem que o animal desenvolva uma observação por um ponto de vista que muitos outros animais não conseguem ter, representando a empatia e a possibilidade de enxergar de várias perspectivas;

- A girafa se alimenta com as folhas das árvores altas, deixando para os outros animais as folhas das árvores mais baixas. Desta forma, ela simboliza a comunicação amorosa que inclui o outro em sua perspectiva e decisões;

- As orelhas do animal se movem para cima, para baixo e para os lados, e representam a escuta atenta, atenciosa e única, sem deixar o seu pensamento de distrair com outras questões;

- A girafa tem o coice mais forte do reino animal, e suas patas fortes representam o agir com firmeza, não desistir com facilidade e persistir na busca pelo que é justo e ético;

- O coração da girafa é o maior coração dos mamíferos terrestres, aproximadamente 43 vezes maior do que o do ser humano, representando grande generosidade, gentileza e empatia.

A gestora da escola conta que a simbologia da girafa faz parte dos programas curriculares, desde os primeiros anos, para manter e apoiar as intervenções pedagógicas e modelos de aulas baseadas na convivência ética.

Escola de Girafa – programa voltado para os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, onde as crianças aprendem desde cedo a resolver conflitos com diálogo, compreender sentimentos e praticar o respeito mútuo. “Os alunos começam a dar valor para o respeito, integridade e inclusão do outro em sua vida, desde os primeiros anos da escola, e a partir daí damos vida às nossas aulas específicas e a muitas intervenções desenhadas especialmente para cada grupo, cada sala de aula”, diz Ana Claudia.

Vem Ser Girafa – programa focado nos alunos do Fundamental II, onde as crianças e adolescentes ampliam a reflexão sobre ética, moral e convivência nas aulas e no cotidiano escolar. O plano de atividades inclui professores, colaboradores e pais. “Temos estratégias de atividades que são levadas para casa em que os alunos são os protagonistas e embaixadores da empatia junto à suas famílias, levando para eles o despertar desse coração de girafa e sua linguagem”, explica.

Projeto Vital – programa desenvolvido no Ensino Médio, onde o aluno conclui o ciclo com uma formação ética que transcende os muros da escola, preparando os estudantes para os desafios do mundo real. “Introduzimos conceitos mais elaborados de convivência ética, com aulas específicas e intervenções de conflitos realizadas pelas nossas equipes de professores e colaboradores”.

Comemoração no Dia da Girafa

No Dia da Girafa, a escola organiza atividades especiais com todos os alunos. Em clima de festa, os estudantes participam de jogos, dinâmicas, rodas de conversa e ações de conscientização ambiental - alinhadas com o World Giraffe Day (WGD), organizado anualmente pelo Giraffe Conservation Foundation (GCF), uma ONG dedicada a preservar as espécies de girafas na África.

A gestora da escola, inclusive, “adotou” uma girafa por meio da Giraffe Conservation Foundation (GCF): Tima, que vive na reserva privada de Etosha Heights, adjacente ao famoso Parque Nacional de Etosha, na Namíbia. “Escolhi ela pelo nome, que significa ‘mãe’, na língua local. Ela é uma girafa mais velha, e já deve ter sobrevivido a alguns ataques de leões, pois apresenta marcas em seu dorso. Tima é mãe de muitos bezerros já adultos, e me identifiquei com a história dela pois me considero mãe de muitas crianças e jovens, e tenho as minhas marcas de sobrevivência”, finaliza Ana Claudia, que de vez em quando checa onde anda sua girafa adotada por meio de imagens e dados disponibilizados pela ONG.

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VAGNER ADACIANO DE LIMA
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FONTE: FSB Comunicação
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