Como a nutrição pode auxiliar as pessoas que fazem uso de inibidores de apetite?

A prevenção de massa magra e a promoção de hábitos de vida saudáveis estão entre os objetivos do nutricionista no trabalho com pacientes que fazem tratamento com os “agonistas do GLP-1

JOSé LUCHETTI
12/06/2025 12h44 - Atualizado há 1 dia

Como a nutrição pode auxiliar as pessoas que fazem uso de inibidores de apetite?
Valéria Machado_divulgação da SOCESP
Os inibidores de apetite, classe de medicamentos para controle de diabetes e obesidade,  chamados de “agonistas GLP-1”, agem reduzindo a glicemia ao promoverem a secreção de insulina e  retardam o esvaziamento gástrico, diminuindo o apetite. Além disso, inibem a secreção do glucagon, hormônio produzido no pâncreas, que aumenta os níveis de açúcar no sangue. “A ação dos agonistas GLP-1 provoca uma reação em cadeia em prol do sistema cardiovascular: baixa a pressão arterial e melhora o perfil lipídico, além de atenuar a disfunção endotelial e potencializar a função ventricular esquerda naqueles com insuficiência cardíaca”, explica a cardiologista Maria Cristina Izar, presidente da SOCESP - Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo.
“Porém, ao induzirem a saciedade, a perda de peso poderá ser excessiva,  levando à necessidade de aumento de ingestão calórica e (ou) ajustes na dosagem”, diz a nutricionista Valéria Machado, coordenadora geral do Departamento de Nutrição da SOCESP.
Durante o Congresso da SOCESP – dias 19, 20 e 21 de junho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo – temas referentes ao uso correto dos agonistas GLP-1 serão abordados com a intenção de criar uma rede de informações convergentes, baseada em estudos científicos.

Para obter resultados positivos sem abalar a saúde,  o tratamento com os inibidores deve ter acompanhamento multidisciplinar. “O endocrinologista gerencia o protocolo farmacológico e ajusta doses; o cardiologista mensura benefícios cardiovasculares e eventuais complicações e o nutricionista atua na educação nutricional, prevenindo a queda de massa magra e promovendo hábitos de vida saudáveis. Dessa forma o tratamento também pode ser um estímulo inicial para a reeducação alimentar e para obter mais qualidade de vida”, enumera Valéria.
 

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JOSE ROBERTO LUCHETTI
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