A população brasileira está envelhecendo. Segundo dados do IBGE, o número de pessoas 65+ deve mais do que dobrar até 2040, saltando de 22 milhões em 2023 para cerca de 57 milhões. Esse movimento acompanha a elevação da expectativa de vida, que hoje está em 75,5 anos no país, de acordo com a última tábua de mortalidade do instituto.
Diante desse cenário, os planos de saúde assumem um papel cada vez mais estratégico na promoção da longevidade. Mais do que oferecer cobertura para tratamentos, eles são fundamentais na prevenção de doenças crônicas, no diagnóstico precoce e na manutenção da qualidade de vida dos idosos.
No Brasil, os planos devem assegurar aos beneficiários idosos uma série de direitos previstos por lei, como cobertura para consultas com especialistas, exames preventivos, internações hospitalares, fisioterapia, reabilitação, atendimento emergencial e até domiciliar em alguns casos. O atendimento preferencial em redes credenciadas também faz parte desse pacote obrigatório de proteção à saúde do idoso.
Para Waldyr Ceciliano, CEO da True Auditoria e consultoria em saúde, esse momento exige uma mudança de perspectiva na forma como se pensa a assistência à saúde. “O envelhecimento da população não pode ser tratado apenas como um desafio. É uma oportunidade para reestruturar o cuidado, ampliar a prevenção e investir em soluções que promovam bem-estar e autonomia na terceira idade. O plano de saúde precisa estar à frente, liderando esse processo com responsabilidade e inovação”, afirma.
O especialista listou algumas ações que podem ser aplicadas à saúde supletiva para lidar com esse novo cenário:
1 - Programas de prevenção e promoção à saúde
Check-ups periódicos com foco em doenças prevalentes na terceira idade (hipertensão, diabetes, osteoporose, câncer).
Campanhas de vacinação, especialmente para gripe, pneumonia e herpes-zóster.
Criação de linhas de cuidado específicas para idosos com diabetes, hipertensão, cardiopatias e doenças neurológicas.
Monitoramento remoto de saúde via telemedicina e dispositivos conectados.
Parcerias com clínicas ou academias para oferecer programas de ginástica funcional, pilates, hidroginástica e fisioterapia preventiva.
Apoio à mobilidade e independência com reabilitação personalizada.
Atendimento psicológico e psiquiátrico com foco em depressão, ansiedade e solidão, comuns entre idosos.
Grupos terapêuticos ou de convivência que estimulem vínculos sociais.
Informação sobre alimentação saudável, uso correto de medicamentos, prevenção de quedas e autocuidado.
Distribuição de materiais educativos acessíveis.
Segundo o especialista, essas ações não apenas reduzem custos com internações e complicações, mas também prolongam a autonomia e a qualidade de vida dos idosos.
A True, especializada em auditoria, compliance e consultoria em saúde para a saúde suplementar, atua ao lado de operadoras para garantir que os direitos dos idosos sejam respeitados e que os serviços prestados estejam em conformidade com a legislação e com os princípios da boa governança. Em um cenário de envelhecimento acelerado, a presença de mecanismos eficientes de controle e promoção de boas práticas é essencial para sustentar um sistema de saúde mais justo, eficiente e humano.
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ALINE PORFIRIO RIBEIRO
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