No CCBB SP, Marku Musical revisita obra de Marku Ribas e celebra identidade, memória e ancestralidade negra

Espetáculo une teatro, música e projeções ao vivo para recontar a trajetória do artista mineiro, falecido em 2013. Com direção e elenco formados por familiares, temporada acontece de 12 de junho a 13 de julho de 2025

Junior
11/06/2025 19h25 - Atualizado há 1 dia

No CCBB SP, Marku Musical revisita obra de Marku Ribas e celebra identidade, memória e ancestralidade negra
Marku Musical por Pablo Bernardo
Após temporadas marcantes em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, o espetáculo Marku Musical estreia no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP), onde permanece em cartaz de 12 de junho a 13 de julho de 2025. A montagem homenageia a trajetória do artista Marku Ribas (1947–2013) — cantor, compositor, ator, dançarino e percussionista — reunindo no palco sua própria família numa criação que entrelaça teatro, música e projeções ao vivo.

A dramaturgia parte da autobiografia inédita Marku por Marco Antônio, escrita pelo próprio artista, somada a memórias familiares e a um rico acervo documental. Com texto de Allan da Rosa e pesquisa dramatúrgica de Rafael Queiroz, a encenação mistura elementos ficcionais e documentais em uma linguagem híbrida e audiovisual.


Com direção de Lira Ribas, filha de Marku, e direção musical de sua irmã, Júlia Ribas, o espetáculo conta com as duas no elenco, junto à mãe, Fatão Ribas. Completam o time Mário Broder, Ìdòwú Akínrúlí e Gabriel Mendes.

A narrativa acompanha os passos de Marku por territórios que moldaram sua arte: de Pirapora (MG) — onde nasceu — à Martinica, França, Nova Orleans e o continente africano. Também mergulha nas culturas ribeirinhas do interior do Brasil e nas tradições afro-brasileiras, propondo reflexões sobre ancestralidade, autoria e o apagamento de vozes negras nas artes.
Mais do que uma retrospectiva artística, Marku Musical revela a dimensão íntima e afetiva de um homem negro que cultivou o afeto como um ato político. A peça evidencia o legado de Marku como pai, marido e amigo, em contraste com a invisibilização dessas camadas no imaginário social brasileiro. 

“Acredito que carregamos um legado de Marku Ribas. É de muita importância compartilharmos esse legado, que hoje também se apresenta como espetáculo. Foi lindo poder trazer para a cena a nossa história como família e celebrar a vida desse artista tão icônico na música negra brasileira. Revisitar a obra de Marku é também trazer, para o presente, discussões políticas sobre a vida. É reafirmar nosso orgulho ancestral afro-indígena e reverenciar os nossos. Estamos muito felizes em reviver Marku no CCBB — especialmente em São Paulo, cidade que tanto o abraçou e valorizou”, diz Lira Ribas.

“Das memórias para hoje: 12 anos sem sua matéria corpórea acolhedora, seus abraços e seu tom, direcionando o rumo... Doze anos após a partida, ocupar um palco com música, memória, presença, em uma celebração à sua obra — uma obra rica — faz movimentar tudo aquilo que podia estar parado em mim, nos outros, no espaço. Ocupar, como uma chaleira com água fervente, ebulitivamente ecoando aquilo que foi celebração em vida, e continua sendo, e vai ecoar. Estar no palco, no Marku Musical, junto da minha família, é mostrar que, quando a realidade é totalmente transformada por verdade, por companheirismo, por amor, por fidelidade, por lealdade — ela se torna inquebrável", finaliza Júlia Ribas. 

Ao receber esse projeto, o CCBB SP reforça seu compromisso com a valorização da diversidade artística e a preservação da memória cultural, propondo um diálogo entre arte e identidade e proporcionando ao público uma experiência sensível que entrelaça teatro, música e projeções audiovisuais. “Marku Musical” não apenas revisita a trajetória do artista, mas também resgata influências sonoras e narrativas que atravessam gerações, destacando a riqueza das culturas afro-brasileiras e ribeirinhas. 
 

Este projeto conta com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

 

SERVIÇO | Espetáculo “Marku Musical”
 

Temporada: 12 de junho a 13 de julho de 2025

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Teatro
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – São Paulo – SP


 

Horários:
Quartas a sextas, às 19h
Sábados, domingos e feriados, às 17h
Sessões extras: 12 de julho, às 15h e às 18h

Atenção: não haverá sessão no dia 14 de junho

Sessões com Libras: 20, 27 de junho e 4, 11 de julho
Bate-papo com o público: 5 de julho, após o espetáculo


Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) disponível em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB | Meia-entrada: para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência - e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard). 
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 12 anos


 

INFORMAÇÕES CCBB SP

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Contato: (11) 4297-0600
E-mail: [email protected]
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas, mediante validação do ticket na bilheteria do CCBB)
Traslado gratuito: Ida e volta entre o CCBB e o estacionamento conveniado, das 12h às 21h. No trajeto de volta, há parada também na estação República do metrô.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô (Linha Azul). Há linhas de ônibus com embarque e desembarque nas ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou aplicativo: Recomenda-se o desembarque na Praça do Patriarca. O acesso ao CCBB é feito a pé pela Rua da Quitanda (200 metros).
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida podem utilizar a porta lateral à esquerda da entrada principal.



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EDIVALDO CLEMENTINO DA COSTA JUNIOR
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