Mudanças hormonais, manchas, acne, sensibilidade aumentada: a pele da mulher também passa por uma verdadeira transformação durante a gestação. Estudos estimam que mais de 90% das gestantes apresentam algum tipo de alteração cutânea nesse período.
É comum que surjam dúvidas sobre o que pode ou não pode ser feito nessa fase, especialmente quando o assunto é estética ou tratamentos dermatológicos.
A resposta é: sim, a gestante pode e deve cuidar da pele, mas com segurança e acompanhamento médico.
Segundo a dermatologista Lauren Morais, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), o ideal é que o atendimento dermatológico comece no início da gravidez.
"Esse é um momento oportuno para orientar rotinas de skincare seguras e prevenir alterações comuns da gestação, como manchas, acne e ressecamento. O uso de protetor solar é indispensável e deve ser sempre individualizado", destaca.
O aumento de hormônios como a progesterona torna a pele mais reativa, sensível e propensa a alterações pigmentares. Substâncias como ácidos ou procedimentos com calor (como lasers) podem provocar manchas, irritações ou queimaduras.
É também comum surgirem manchas em regiões específicas, como mamilos, a linha do abdômen (linha nigra) e a região íntima. Essas mudanças costumam regredir naturalmente após o parto.
Alguns cuidados são permitidos e até recomendados durante a gestação:
Cada caso deve ser avaliado individualmente. A presença do dermatologista ajuda a ajustar os cuidados de forma segura e eficaz.
Durante a gravidez, a prioridade é a segurança da mãe e do bebê. Por isso, estão contraindicados:
Durante a gestação, é comum que apareçam novas pintas ou que as já existentes mudem de tamanho, formato ou coloração. Isso acontece porque os hormônios também estimulam as células que produzem pigmento na pele.
Na maioria das vezes, essas mudanças são benignas e esperadas. No entanto, se uma pinta apresentar crescimento acelerado, bordas irregulares, variação de cor, coceira ou sangramento, deve ser avaliada por um dermatologista. Esses são sinais de alerta para descartar doenças como o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele.
"O melanoma é raro, mas merece atenção especial na gravidez. Caso a lesão já exista, a influência hormonal pode acelerar seu crescimento. Por isso, qualquer alteração suspeita deve ser investigada o quanto antes", orienta a Dra. Lauren.
A gestação é uma fase delicada e também muito especial. Nesse momento, cuidar da pele é um gesto de autoestima, mas também de responsabilidade. Sempre que surgir dúvida sobre o uso de cosméticos ou realização de procedimentos, o melhor caminho é buscar orientação segura com profissionais de confiança.
"Seguir as recomendações do obstetra e do dermatologista é a melhor forma de garantir uma gravidez tranquila, com saúde para a mãe e o bebê", conclui a presidente da SBD-PR.
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Geziane de Mattos Diosti
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