Projetos de Educação Ambiental estão transformando realidades na rede pública de ensino
Soluções da Planneta Educação preparam novas gerações para o futuro da Sustentabilidade embasadas em três pilares: conhecimento, engajamento, valores e atitudes.
PATRíCIA LIMA
06/06/2025 13h53 - Atualizado há 23 horas
Divulgação
Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, a empresa Planneta Educação, do grupo Vitae Brasil, reafirma seu compromisso com as futuras gerações, desenvolvendo soluções inovadoras para elevar o nível da Educação no Brasil. A Educação Ambiental é um eixo fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes. Ela não se limita a transmitir conhecimentos sobre ecologia ou reciclagem, mas busca cultivar uma nova forma de ver e interagir com o mundo. Ao compreendermos os impactos de nossas escolhas cotidianas — como o consumo de água, energia, alimentos ou transporte — ampliamos nossa consciência ética, social e ambiental. A Gerente de Operações Educacionais, Daniela Cassiano, fala sobre a importância de formar cidadãos conscientes de suas responsabilidades porque, quando se trata de Sustentabilidade, tudo gira em torno do coletivo: “Tornar essa temática uma prioridade no currículo escolar é reconhecer que os desafios ambientais, como o aquecimento global, a escassez de recursos naturais e a perda da biodiversidade, não são questões isoladas, elas são interligadas a aspectos econômicos, culturais e sociais. A escola tem o papel essencial de formar indivíduos capazes de compreender essa complexidade e agir com responsabilidade diante dela”, comenta a especialista. Com a promulgação da Lei 14.926/2024, esse compromisso ganha reforço legal. A norma estabelece que a educação sobre mudanças climáticas e proteção da biodiversidade deve ser obrigatoriamente incorporada nos currículos da educação básica. Isso significa que não se trata mais de um projeto opcional ou sazonal, mas de uma diretriz educativa nacional, alinhada com os esforços globais de sustentabilidade. Daniela acredita que é um grande desafio preparar as novas gerações para um futuro mais sustentável, mas com planejamento são inúmeras as possibilidades. “Atualmente a escola deve ir além da sala de aula tradicional. É necessário criar experiências educativas significativas, nas quais os estudantes se sintam parte do processo de transformação do mundo ao seu redor. Esse preparo passa por três pilares principais - conhecimento, engajamento, valores e atitudes”, pondera. Apesar dos avanços legais e da crescente sensibilização da sociedade, ainda enfrentamos muitos desafios para a consolidação da educação ambiental nas escolas. Entre os fatores podemos destacar: Formação docente: Muitos professores não tiveram acesso, em sua formação inicial ou continuada, a conteúdos e metodologias relacionadas à educação ambiental. Isso dificulta sua atuação em sala de aula com segurança e profundidade. Currículo fragmentado: A organização curricular tradicional, segmentada em componentes curriculares estanques, dificulta a abordagem interdisciplinar necessária para tratar questões ambientais, que são por natureza complexas e sistêmicas. Espaços: Algumas escolas ainda não possuem espaços adequados — como áreas verdes, laboratórios ou hortas — para desenvolver atividades práticas, o que limita o potencial das ações. A Lei 14.926/2024, ao estabelecer a obrigatoriedade da educação climática e da proteção da biodiversidade, cria um marco de equidade e aponta para a necessidade de investimento público e privado, capacitação de educadores e construção de políticas públicas eficazes que garantam a implementação prática dessa diretriz em todo o país. Atualmente não existe lei ou resolução que obrigue as escolas a terem a disciplina de Educação Ambiental, porém a base legal teve início com a Lei nº 9.795/1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental. Essa norma determina que a educação ambiental deve estar presente em todos os níveis e modalidades da educação básica, como parte integrante do processo educativo, de maneira contínua e permanente. No entanto, ela não exige a criação de um componente curricular específico, permitindo que os conteúdos sejam abordados de forma transversal nas diversas áreas do conhecimento. Com a aprovação da Lei 14.926/2024, temos um avanço significativo. Ela estabelece que conteúdos sobre mudanças climáticas, sustentabilidade e proteção da biodiversidade devem ser obrigatórios no currículo da educação básica. Isso significa que as instituições de ensino devem, sim, tratar desses temas de maneira sistemática, planejada e com objetivos educacionais claros. Além disso, a nova lei reforça o compromisso do Brasil com os tratados internacionais sobre o clima, como o Acordo de Paris, e contribui para a Agenda 2030 da ONU, que orienta os países a promoverem uma educação de qualidade, inclusiva e comprometida com o desenvolvimento sustentável. Projeto de sucesso em Osasco está formando agentes multiplicadores Na Oficina de Saberes, projeto voltado à Educação Inclusiva promovido pela Prefeitura Municipal de Osasco em parceria com a Secretaria de Educação e a Planneta Educação, o eixo Meio Ambiente ganha um significado mais profundo. As atividades desenvolvidas não apenas promovem o cuidado com a natureza, mas também são oportunidades de superação, socialização e desenvolvimento de habilidades sensoriais, motoras e cognitivas. Durante o ano, os participantes vivenciam práticas voltadas à sustentabilidade e ao respeito à vida, como o cuidado com hortas e jardins, o plantio e acompanhamento de plantas, e o uso criativo de materiais não estruturados que seriam descartados. Através dos 3Rs — Reduzir, Reutilizar e Reciclar — ressignificam objetos, aprendem a reaproveitar materiais diversos e participam ativamente na manutenção de um ambiente mais limpo e consciente. “Ao colocar as mãos na terra — mesmo que, para alguns, esse contato represente um desafio sensorial — os participantes enfrentam medos, ampliam tolerâncias e descobrem novas formas de se conectar com o mundo. Manipular diferentes texturas, sentir o cheiro da terra molhada, regar uma muda, observar o crescimento de uma planta e depois consumir o que foi cultivado com tanto cuidado são experiências que fortalecem a autonomia e despertam o sentimento de pertencimento e realização. A construção coletiva de hortas, jardins sensoriais e o envolvimento em campanhas de preservação do meio ambiente com a comunidade aproximam os participantes de práticas sustentáveis que influenciam diretamente sua qualidade de vida e bem-estar. Essas vivências demonstram que os espaços verdes são ambientes essenciais de cuidado, aprendizado e transformação. Nesta semana em especial, celebramos não somente a natureza, mas também cada conquista, cada toque na terra, cada flor que desabrocha junto com o crescimento pessoal de cada atendido”, finaliza a prefeito de Osasco, Gerson Pessoa. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARCOS ROBERTO DE SIQUEIRA LIMA
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