Em greve histórica, trabalhadores da educação da rede municipal de Mairiporã reivindicam melhores condições de trabalho
Mais de 70% dos profissionais da rede pública aderiram à paralisação nesta terça feira
ASSESSORIA DE IMPRENSA
03/06/2025 15h21 - Atualizado há 2 dias
João Campos
Trabalhadores da educação da rede municipal de Mairiporã entraram em greve nesta terça-feira. A paralisação histórica, sem precedentes no município, abrange mais de 70% dos profissionais, desde merendeiras que denunciam condições insalubres nas cozinhas à diretores das escolas e creches municipais, demonstrando a urgência do tema.
Entre as reclamações estão a falta de condições de trabalho, com salas de aula sem estrutura e lotadas, baixos salários, cestas básicas limitadas a alguns profissionais, extinção do auxílio difícil acesso, fim das horas extras das auxiliares de desenvolvimento infantil (ADIs) e apoio municipal. Entre as reivindicações estão: melhoria salarial e valorização real, estrutura digna em todas as escolas, profissionais especializados em sala de aula e condições humanas para educar, entre outros pontos.
O estopim do movimento começou a partir de uma matéria no Cidade Alerta da TV Record que denunciava maus tratos de uma coordenadora a um aluno autista na escola Escola Municipal José da Silveira Pinheiro. A denúncia que evidenciou a total falta de condições de trabalho dentro das escolas, com salas superlotadas e falta de profissionais, foi precedida de ataques a direitos pela gestão pública via decreto municipal como fim da licença prêmio e da possibilidade de horas extras das ADIs, deixando professores desassistidos em salas de aula. “O que nos levou a paralisação não foi um acontecimento só, a coisa ficou pior após o decreto de que as ADIs não poderiam fazer horas extras para cuidar das crianças com necessidades especiais, sendo que a creche é período integral. Gerando desgaste e sobrecarga aos profissionais e por fim saiu a matéria. Ninguém aguenta mais”, diz Aline Berti Faria, servidora pública municipal em Mairiporã na Educação
No primeiro dia de greve, anunciada na terça feira passada, 27, o prefeito Walid Ali Hamid (PSD), Aladin, como é conhecido, fez uma live em que ameaça os trabalhadores ao dizer que a greve é ilegal e não foi comunicada previamente.
Informações para imprensa I Greve Educação Mairiporã
Assembleia Geral: 27 de maio
Greve: entre 3 e 5 de junho
Contato: Suzi Cavalari (11) 97612-9179
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
NEIDE LIMA MARTINGO PEREIRA
[email protected]