A data de 3 de junho é marcada como Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil, uma data que reforça a urgência de alertar a sociedade sobre o tema, que vai muito além do excesso de peso e pode comprometer o desenvolvimento juvenil.
De acordo com dados recentes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), em 2025, 6,84% das crianças brasileiras de 0 a 5 anos apresentaram peso elevado para a idade. Já entre as crianças de 5 a 10 anos, o percentual sobe para 13,55%, o que significa que mais de 228 mil crianças nessa faixa etária estão acima do peso ideal.
“A obesidade infantil não afeta apenas a aparência ou o peso corporal, mas compromete seriamente o desenvolvimento saudável da criança”, afirma a Dra. Michele Alves, pediatra da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes. Ela destaca que os principais problemas de saúde associados incluem distúrbios metabólicos, como aumento do risco de diabetes tipo 2, colesterol alto e resistência à insulina, além de doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos e distúrbios respiratórios.
Além dos riscos físicos, há também impacto no desenvolvimento motor e emocional. “Embora qualquer fase da infância possa ser afetada, a primeira infância e a pré-adolescência são especialmente críticas. Quanto mais cedo o problema for identificado e tratado, maiores são as chances de reverter ou minimizar seus impactos ao longo da vida”, reforça.
A médica também chama a atenção para a influência do ambiente no surgimento da obesidade infantil. “Observo nos atendimentos que tanto a genética quanto o ambiente influenciam, mas o ambiente tem um peso mais determinante na maioria dos casos. Alimentação inadequada, sedentarismo, hábitos de sono prejudiciais e o excesso de tempo diante de telas favorecem e sustentam a obesidade”, explica.
Acompanhamento nutricional na infância
Segundo a nutricionista Carla Borges, da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, os erros alimentares mais comuns na dieta das crianças brasileiras são o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, a falta de frutas e legumes, a introdução precoce de alimentos sólidos e o uso excessivo de sal e açúcar. “Refrigerantes, sucos industrializados, salgadinhos, biscoitos recheados e embutidos impactam negativamente a saúde infantil”, diz.
Dra. Carla ainda orienta que, quando a criança rejeita frutas e vegetais, o mais indicado é criar um ambiente alimentar positivo e respeitoso, sem imposição. “Envolver os pequenos nas escolhas e preparo dos alimentos, apresentar os alimentos de forma atrativa, estabelecer rotinas de refeições, dar o exemplo e respeitar o tempo da criança são estratégias que ajudam a aumentar a aceitação desses alimentos”, aconselha.
O tratamento da obesidade infantil, segundo as especialistas, deve ser multidisciplinar, com apoio psicológico, pediátrico e nutricional. Carla reforça que é fundamental procurar um especialista sempre que surgirem sinais como seletividade alimentar, mudanças de peso repentinas, deficiências nutricionais, dificuldades na introdução de novos alimentos ou problemas de saúde relacionados à alimentação.
Sobre o Grupo Chavantes
A OSS (Organização Social de Saúde) Grupo Chavantes gerencia 33 projetos espalhados em seis estados brasileiros, o que a posiciona como a oitava maior entidade do setor no país, com uma gestão anual de aproximadamente R$ 720 milhões.
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