Empresas ainda falham na resiliência digital e expõem negócios a riscos evitáveis

Especialista explica por que o investimento no setor é imprescindível, apesar de ainda ser negligenciado pelas organizações

PâMELLA CAVALCANTI
30/05/2025 08h43 - Atualizado há 1 dia

Empresas ainda falham na resiliência digital e expõem negócios a riscos evitáveis
Divulgação / Betta GP
 

A dependência da tecnologia nunca foi tão alta, e, ao mesmo tempo, as ameaças cibernéticas nunca foram tão sofisticadas. Ainda assim, poucas empresas estão realmente preparadas para lidar com interrupções, ataques e falhas operacionais sem comprometer suas operações. A Pesquisa Global Digital Trust Insights 2025, da PwC, mostra que apenas 2% das organizações no mundo adotaram medidas de resiliência cibernética em todas as suas áreas – um dado preocupante diante do impacto crescente das ameaças digitais.

 

A resiliência digital vai além da proteção contra ataques, abordando a capacidade de manter a continuidade dos negócios mesmo diante de incidentes críticos, garantindo uma recuperação rápida e eficiente. Segundo o Gartner, até 2026, empresas que destinarem pelo menos 20% de seus investimentos em segurança para iniciativas de resiliência e arquitetura flexível conseguirão reduzir pela metade o tempo necessário para se recuperar de um ataque de grande escala.

 

O VP de Vendas e Marketing da Betta Global Partner, Emerson Altomani, reforça que os investimentos em segurança cibernética precisam ir além da proteção imediata e focar na otimização, preservação e criação de valor para a organização. “Isso tudo envolve construir uma base sólida para o crescimento futuro, adotando práticas que garantam a segurança e integridade dos dados em produtos e infraestruturas digitais. Além disso, uma infraestrutura ágil e um ecossistema digital bem estruturado são essenciais para impulsionar a resiliência e a continuidade dos negócios”, detalha o executivo.

Para se ter uma ideia, a 4ª edição do Global Future of Cyber Survey, realizado pela Deloitte revelou que, em 2024, a perda de confiança na integridade tecnológica – que engloba a confiabilidade, precisão e disponibilidade de sistemas e dados – tornou-se a principal consequência negativa de incidentes ou violações de segurança cibernética, segundo 66% dos entrevistados. 

A pesquisa também aponta que programas cibernéticos e CISOs vêm ganhando cada vez mais relevância dentro das empresas. “Entre as organizações mais maduras digitalmente, essa influência tem se traduzido em estratégias de transformação tecnológica mais integradas, reforçando o papel da cibersegurança como um pilar fundamental para a sustentabilidade e competitividade empresarial”, complementa Altomani.

Para enfrentar esses desafios, é importante que as empresas adotem uma abordagem estratégica e integrada, que vá além de soluções isoladas de segurança cibernética. Entre as medidas essenciais, está a criação de equipes multidisciplinares que reúnam profissionais de cibersegurança, gestão de crises e riscos, por exemplo, garantindo uma resposta coordenada e eficaz.

Além disso, desenvolver um plano robusto de recuperação cibernética, que contemple cenários de perda de TI e medidas de mitigação, é fundamental para minimizar o impacto de eventuais ataques. O mapeamento das dependências tecnológicas da organização também se torna indispensável, permitindo identificar vulnerabilidades e pontos críticos que possam comprometer a continuidade das operações.


 

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