Hoje, 12 de maio de 2025, é dia de apagar as velinhas e celebrar os 85 anos do Autódromo José Carlos Pace, ou, como nós, fãs apaixonados, preferimos chamar: Interlagos, o coração pulsante do automobilismo brasileiro! Como fã de velocidade, é impossível não sentir um frio na espinha ao falar desse lugar sagrado, onde lendas como Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Ayrton Senna e Felipe Massa escreveram capítulos épicos da nossa história. Então, pega o capacete, aperta o cinto e vem comigo nessa volta nostálgica e emocionante pelo traçado que faz o Brasil acelerar!
Tudo começou em 1940, quando Interlagos foi inaugurado com o Grande Prêmio São Paulo, diante de 15 mil espectadores que vibraram com a vitória de Arthur Nascimento Júnior. Projetado pelo engenheiro britânico Louis Romero Sanson, o circuito original, com seus 7.960 metros, era um monstro desafiador, inspirado em pistas lendárias como Indianapolis, Brooklands e Montlhéry. O nome “Interlagos” veio de uma ideia genial, sugerida pelo urbanista francês Alfred Agache, que viu na região entre as represas Guarapiranga e Billings uma semelhança com Interlaken, na Suíça. E assim nasceu o “entre lagos” que conquistaria o mundo.
Naquele 12 de maio, a pista de terra já dava sinais do que viria a ser: um palco de coragem, técnica e paixão. Apesar de entregue sem arquibancadas ou boxes, o público não se importou – o ronco dos motores e a poeira levantada pelos pneus eram mais do que suficientes para marcar a estreia de um ícone.
Interlagos é como um bom carro de corrida: sempre evoluindo. O traçado original, com suas curvas traiçoeiras e retas de tirar o fôlego, foi desafiador até para os maiores pilotos. Mas, para receber a Fórmula 1, o autódromo passou por reformas significativas. Em 1971, a pista foi modernizada para abrigar o primeiro GP do Brasil, em 1972, vencido por Carlos Reutemann. No ano seguinte, Emerson Fittipaldi colocou o Brasil no topo do pódio, e em 1975, José Carlos Pace, o “Moco”, fez história com sua única vitória na F1, uma dobradinha brasileira com Fittipaldi em segundo.
Os anos 80 foram turbulentos, com a F1 migrando para Jacarepaguá devido a questões de segurança. Mas Interlagos não se rendeu. Em 1989, com sugestões do nosso eterno Ayrton Senna, o traçado foi reduzido para 4.309 metros, ganhando modernidade sem perder a alma. Desde 1990, São Paulo voltou a ser a casa do GP do Brasil (hoje GP de São Paulo), e o circuito nunca mais deixou o calendário da F1.
Recentemente, em 2024, Interlagos passou por uma reforma de R$ 275 milhões, com recapeamento total do asfalto, o que derrubou os tempos de volta em categorias como Porsche Cup e Stock Car. O resultado? Uma pista ainda mais rápida e segura, pronta para receber eventos como a F1 e o Mundial de Endurance (WEC) em 2025.
Para um fã, Interlagos é mais do que asfalto e curvas – é emoção pura. Quem não se arrepia ao lembrar de Ayrton Senna em 1991, vencendo com apenas uma marcha, quase desmaiando no pódio? Ou em 1993, quando a torcida invadiu a pista para celebrar sua vitória, numa cena que ainda dá vontade de gritar?
E o que dizer de Felipe Massa, o último brasileiro a vencer em Interlagos, em 2006 e 2008? Em 2008, mesmo com o título escapando para Lewis Hamilton, a torcida reconheceu o guerreiro que cruzou a linha de chegada com o coração na mão. E por falar em Hamilton, o britânico, cidadão honorário do Brasil, conquistou nossos corações com sua paixão por Interlagos e homenagens a Senna.
Interlagos também é palco de outras categorias que nos enchem de orgulho, como Stock Car, Copa Truck e Porsche Cup, além de eventos como o Lollapalooza e The Town, mostrando que o autódromo é versátil e amado por todos.
Aos 85 anos, Interlagos está mais jovem do que nunca. Apesar de momentos de incerteza, como a ameaça de privatização e a suspensão do edital de concessão em 2020, o autódromo segue firme, com contrato para a F1 até 2030 e investimentos que garantem sua relevância.
Como fã, meu desejo é simples: que Interlagos continue sendo o “templo do automobilismo”, onde novas gerações possam sentir a mesma emoção que sentimos ao ver Senna dominar o “S” que leva seu nome, ou ao ouvir o ronco dos motores na Reta Oposta. Que venham mais 85 anos de curvas, ultrapassagens e histórias que façam nosso coração acelerar!
Parabéns, Interlagos! Você é o nosso orgulho, e a bandeirada final ainda está muito longe!
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