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Durante o Maio Amarelo, campanha dedicada à conscientização para a redução de acidentes de trânsito, os números registrados em Goiás chamam atenção pela frequência e gravidade dos acidentes nas rodovias federais que cortam o estado. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os índices vêm crescendo ano a ano, impactando diretamente a vida da população, a segurança viária e os sistemas de saúde pública.
De acordo com a PRF, em 2023 foram registrados 2.173 sinistros nas BRs que atravessam o território goiano e 452, com 165 mortes. No ano seguinte, os números aumentaram para 2.376 sinistros, resultando em 169 mortes. Já em 2025, até o mês de março, foram contabilizados 600 sinistros com 46 óbitos.
A capital, Goiânia, também apresenta dados preocupantes, foram 563 sinistros com 36 mortes em 2023, número que subiu para 608 sinistros e 32 mortes em 2024. Em 2025, até março, foram registrados 160 sinistros, com 17 vítimas fatais.
A PRF aponta que entre os principais fatores associados aos sinistros nas rodovias de Goiás estão a condução sob efeito de álcool ou drogas, excesso de velocidade, falhas mecânicas e motoristas não habilitados.
- Álcool e/ou drogas: 438 sinistros e 17 mortes
- Velocidade incompatível com a via: 340 sinistros e 47 mortes
- Falhas mecânicas nos veículos: 302 sinistros e 3 mortes
- Condutores não habilitados: 831 sinistros e 53 mortes
“Esses números mostram que a imprudência ainda é um dos maiores inimigos da segurança no trânsito”, alerta Robinson Esteves, presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA). “Estamos falando de comportamentos evitáveis, que têm custado vidas todos os dias”, reforça.
Segundo Esteves, os sinistros não representam apenas perdas humanas imediatas, mas também geram um efeito dominó que sobrecarrega o sistema de saúde pública e causa prejuízos socioeconômicos de longo prazo. “As lesões mais comuns envolvem fraturas graves nas extremidades, como fêmur, tíbia e coluna, além de traumas cranianos severos. Muitas vezes, os pacientes ficam com sequelas permanentes que os impedem de voltar ao trabalho”, explica.
“Isso significa que, além do sofrimento pessoal e familiar, há um impacto direto na economia, já que muitos dos envolvidos são trabalhadores que dependem do transporte rodoviário para exercer suas funções. O custo da reabilitação, que pode durar anos, também recai sobre o sistema público de saúde”, complementa o ortopedista.
Para a TRAUMA, a segurança no trânsito deve ser tratada como um esforço coletivo. “É responsabilidade compartilhada entre o poder público, os condutores e a sociedade como um todo”, afirma Esteves. “É fundamental investir em campanhas de educação no trânsito, melhorar a infraestrutura viária e garantir fiscalização eficaz.”
O médico também ressalta a importância de políticas públicas voltadas à formação de condutores e à manutenção dos veículos. “Dirigir sem habilitação, em más condições físicas ou com o veículo em situação precária, não pode ser tolerado. A fiscalização precisa ser contínua e firme para coibir esses comportamentos”, defende.
Com os números de sinistros em alta mesmo nos primeiros meses de 2025, a campanha Maio Amarelo ganha ainda mais relevância para reforçar a necessidade de uma mudança de cultura no trânsito. “A cada sinistro evitado, não estamos apenas salvando vidas, mas também preservando famílias, empregos e o futuro de milhares de brasileiros”, conclui Esteves.
Sobre a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA)
A Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (ABTO), fundada em 25 de setembro de 1997, é uma entidade científica nacional, sem fins lucrativos, composta por médicos dedicados ao estudo das afecções ortopédicas traumáticas do sistema locomotor. Seu objetivo é aperfeiçoar e disseminar conhecimentos na área da traumatologia ortopédica, contribuindo para o avanço da medicina e da segurança no trânsito.
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VIVIANE SOARES BUCCI
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