Depois da estreia no Brooklyn Fashion Week, projeto Folcore mira expansão global com moda que celebra a pluralidade brasileira

Desfile idealizado por Lucas Ferreira conquista o público em Nova York e reforça moda como ferramenta de identidade, impacto cultural e novas conexões comerciais

GIOVANNA MIRANDA
05/05/2025 12h24 - Atualizado há 1 mês

Depois da estreia no Brooklyn Fashion Week, projeto Folcore mira expansão global com moda que celebra a
Victor Batista

Depois de uma estreia marcante no Brooklyn Fashion Week, o projeto brasileiro Folcore já está em planos de expansão. Idealizado por Lucas Ferreira e produzido por Gabriela Dedone, o movimento levou para uma das principais passarelas da moda independente de Nova York uma coleção que ressignifica o folclore brasileiro sob uma ótica periférica, urbana e plural, conquistando o público internacional com criatividade, discurso e autenticidade.

A participação no evento foi, segundo Lucas, a realização de um dos principais objetivos do projeto: ocupar espaços que historicamente foram negados a artistas periféricos. “Foi emocionante contar a nossa história com as nossas criações e vozes, reafirmando ainda mais a nossa existência em um cenário global”, destaca o idealizador.

Com um casting diversificado, contendo modelos da República Dominicana, Guiné, entre outros países e peças que capturam a essência da cultura LGBTQIAPN+ e das periferias, o desfile do Folcore gerou grande interesse nos bastidores. “O que marcou bastante foi o interesse de vários modelos em desfilar para o projeto. Os looks chamaram atenção desde o backstage”, conta Lucas. O impacto da apresentação foi imediato: o estilista concedeu entrevistas a portais internacionais e realizou conexões com diversos profissionais do ramo, abrindo portas para futuras colaborações e oportunidades de negócios.

Além da repercussão, o momento simboliza uma nova etapa para o projeto: a comercialização de peças da coleção está nos planos, assim como novas apresentações em territórios internacionais. “O Folcore é atemporal. Todos os anos teremos motivos para celebrar nosso DNA cultural e reforçar ainda mais a nossa presença”, afirma Lucas.

A representação da cultura brasileira foi um dos pilares mais potentes da experiência. Ao subverter estereótipos como “praia, samba e caipirinha”, o projeto levou à passarela um Brasil diverso, provocativo e artístico. 

Para a produtora Gabriela Dedone, produzir o Folcore é um exercício constante de equilíbrio entre liberdade criativa e organização prática. “Trabalhar com pessoas criativas exige sensibilidade, mas também um direcionamento firme, especialmente quando lidamos com prazos, entregas e objetivos concretos. Existe um lado estratégico fundamental, o planejamento financeiro, a logística de envio internacional, os cronogramas bem definidos, que precisam estar alinhados para que a criatividade realmente se materialize. Como produtora, meu papel é justamente criar as condições ideais para que tudo isso floresça. É desafiador, mas profundamente recompensador”, finaliza a produtora.

Mais do que uma coleção, o Folcore se apresenta como um movimento de resistência e construção coletiva. O evento produzido por Gabriela Dedone, também contou com a colaboração de artistas como Anielle Ribeiro, Bianca Freitas, Lua Bertevelli, Tay Luzzi, Vaso Viana, Milena Senger, Kawanne Caroline e Gabriela Brandão, reafirmando a proposta colaborativa do projeto. 

Com planos de expansão e desejo de transformar o olhar do mundo sobre a moda brasileira, o Folcore segue em movimento celebrando a ancestralidade, ocupando novas passarelas e reforçando que a beleza da nossa cultura também pode ser tendência.


 

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GIOVANNA DA SILVA MIRANDA
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