Neurodivergência infantil: acolhimento e inclusão promovem desenvolvimento emocional e social
Seminário Internacional de Mães abordará como a parentalidade positiva contribui para apoiar mães e famílias e fortalecer o vínculo com as crianças neurodivergentes
REDAÇÃO
17/04/2025 10h20 - Atualizado há 1 dia
Cristina Humeki
Autismo, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia são algumas das condições que representam a neurodiversidade. Pessoas neurodivergentes têm diferentes formas de aprendizado, comunicação e interação com o mundo, porque seu funcionamento cerebral diverge daquilo que é considerado típico ou padrão; não se trata de uma deficiência ou doença. Quando falamos de crianças neurodivergentes é preciso um esforço conjunto de pais e escolas para promover um ambiente inclusivo e acolhedor, reconhecendo suas singularidades, habilidades e talentos, como explica Fernanda Teles, palestrante, psicóloga e especialista em educação parental. “Cada criança neurodivergente é única, tem necessidades e potencialidades próprias. Elas não têm limitações, mas percebem e vivenciam o mundo de outra maneira. É necessário adotar uma abordagem centrada nelas, pautada no respeito, empatia e alteridade, considerando suas necessidades específicas”, elucida. Para Fernanda Teles, é preciso enxergar além de um diagnóstico promovendo o desenvolvimento emocional e social da criança. “A parentalidade positiva pode ser uma aliada poderosa. Ela nos convida a focar nas forças, talentos e interesses da criança neurodivergente; abandonar punições e comparações, apostando na conexão e no afeto como base da relação; oferecer limites com empatia, respeitando o tempo e a forma de comunicação da criança. Celebrar o que é único, em vez de tentar ajustar à norma. A parentalidade consciente e respeitosa não romantiza os desafios, mas oferece ferramentas para criar uma relação de parceria, confiança e amor profundo — mesmo, ou especialmente, quando o mundo não compreende”, afirma. A especialista em educação parental lembra que as mães de crianças neurodivergentes também precisam de acolhimento. “São mães que, muitas vezes, vivem uma jornada marcada por exaustão, julgamentos, diagnósticos difíceis, exclusão escolar e uma constante sensação de solidão. Elas enfrentam olhares tortos, comentários cruéis e nem sempre encontram espaço para descansar emocionalmente. Elas precisam — e merecem — acolhimento, escuta, validação. Precisam de uma rede de apoio real, que esteja ali quando tudo desmorona, que celebre cada pequena conquista, que enxergue a potência por trás do rótulo”, frisa. A neurodivergência infantil será um dos temas do “11° Seminário Internacional de Mães”, que acontecerá no dia 03 de maio (sábado), no Centro de Convenções Frei Caneca (São Paulo/SP). Também estarão no centro da discussão inclusão, apoio à saúde mental das mães, parentalidade positiva e a importância dos vínculos com crianças neurodivergentes. “O encontro busca oferecer um ambiente acolhedor, de troca, escuta e fortalecimento de vínculos entre mães, especialistas e profissionais da área”, finaliza Fernanda Teles, que também é CEO e diretora de conteúdo do evento. Inscrições e mais informações: https://seminariodemaes.com.br, @seminariodemaes. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
RAQUEL GUIMARAES MORENO
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