Chocolate todo dia? Nutricionista explica como (e por que) incluir o doce na rotina – e também na Páscoa
LU ALMEIDA
10/04/2025 15h25 - Atualizado há 22 horas
Fernanda Esquitino
Por muito tempo, o chocolate foi visto como vilão das dietas. Mas a fama está mudando – e com razão. Hoje, nutricionistas defendem que o doce pode, sim, fazer parte da alimentação diária, especialmente em suas versões com alto teor de cacau (acima de 70%). E isso vale até para a Páscoa, época em que o consumo costuma disparar.
A nutricionista Fernanda Esquitino explica que o chocolate – quando escolhido da forma certa – pode ser um aliado da saúde. “Os benefícios vêm do cacau, que é extremamente antioxidante. Seu consumo moderado ajuda a combater os radicais livres, tem efeito anti-idade e atua contra o envelhecimento precoce. Além disso, auxilia no controle do estresse e da ansiedade, já que estimula a liberação de serotonina, responsável pela sensação de bem-estar e felicidade”, afirma. “E quando sentimos prazer, é claro, seguimos uma dieta com muito mais leveza”, completa.
Mas atenção: não é qualquer chocolate que entra nessa lista de aliados. “Pensando na nutrição funcional e integrativa, o chocolate amargo, com baixo teor de açúcar, pode fazer parte da alimentação de forma equilibrada”, diz Fernanda. Ela lembra que, além do tradicional chocolate em barra, outras opções como o cacau em pó e os nibs também são bem-vindas. “Eles podem ser adicionados a frutas, doces mais funcionais ou até consumidos puros, dependendo da preferência de cada um.”
E quanto ao melhor horário para consumir? Não há regra. “Alguns dizem que é antes do treino, outros depois das refeições. Eu oriento meus pacientes a comer no momento em que sentirem vontade. O importante é que caiba na rotina e traga satisfação”, reforça.
Chocolate na Páscoa: dá para aproveitar sem culpa?
Durante o ano, moderação é a palavra-chave. Mas e na Páscoa, quando o apelo ao consumo é inevitável? Fernanda é direta: aproveite o feriado e coma o doce que você mais gosta. “Sempre digo: se há um chocolate que você ama – mesmo aquele mais 'trash' –, separe um pedaço e coma com prazer na Sexta-feira Santa ou no Domingo de Páscoa. Depois disso, encerre o expediente e volte ao chocolate 70% todos os dias”, aconselha.
Para quem prefere manter o hábito da barra ou do ovo de Páscoa, vale ficar de olho nas composições. “Nem todo mundo quer ou precisa emagrecer. Também há quem prefira comer menos, mas investir em um chocolate que realmente goste. E tudo bem! O importante é saber o que está consumindo.”
Ela explica que o chocolate branco, por exemplo, contém pouco cacau e, portanto, não possui tanto os benefícios antioxidantes. Já o ao leite tem algum cacau, mas muito açúcar. O meio amargo e o amargo, por sua vez, trazem menos dulçor e muito mais vantagens nutricionais. “Quanto mais cacau, mais antioxidante e anti-inflamatório”, resume.
E quem tem restrições?
Para quem vive com alguma condição específica – como diabetes, intolerâncias ou segue um estilo de vida vegano –, é possível adaptar. Se houver margem para consumir um pouco de açúcar, a nutricionista recomenda optar pelo chocolate 70% cacau. Se não, a escolha deve recair sobre as versões adoçadas com stévia. “Não indico chocolates diet ou light, especialmente os que usam adoçantes como sucralose ou acessulfame-K, que não são boas opções”, alerta.
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DOUGLAS RAMOS ALVES COSTA
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