*Por Pedro Al Shara
Nos últimos anos, o conceito de Cidades Inteligentes tem ganhado força como solução para os desafios urbanos contemporâneos. A expansão populacional, o aumento do consumo energético e a necessidade de sustentabilidade impulsionam a busca por novas tecnologias e modelos urbanos mais eficientes. Nesse contexto, a energia renovável desponta como um dos principais motores para o desenvolvimento dessas cidades, garantindo não apenas um fornecimento de eletricidade mais limpo, mas também um ambiente urbano mais funcional e equilibrado.
A transição para fontes de energia renováveis é essencial para a evolução das cidades inteligentes. O uso de painéis solares, turbinas eólicas e outras formas sustentáveis de geração de energia reduz significativamente as emissões de gases do efeito estufa, diminuindo a pegada de carbono das metrópoles. No Brasil, iniciativas como Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a instalação de miniusinas solares demonstram como a iniciativa pública e privada podem atuar juntas para viabilizar esse futuro. Segundo o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), no Piauí, a primeira PPP desse tipo já beneficia cerca de 90 mil pessoas, resultando em uma economia anual estimada de R$10 milhões. Já em Minas Gerais, o município de Carmo do Cajuru implementou a primeira PPP de Cidade Inteligente do Brasil, integrando serviços de iluminação pública, telecomunicações e energia solar para prédios públicos, com um investimento de aproximadamente R$17 milhões e uma redução anual de 191 toneladas na emissão de gases poluentes.
Internacionalmente, Portugal é um dos países líderes nessa transição. Em 2024, 71% do consumo elétrico do país foi proveniente de fontes renováveis, alcançando as menores emissões de CO₂ desde 1990. A meta é atingir 93% de eletricidade renovável até 2030 e neutralidade carbônica até 2045. Esse avanço é um exemplo inspirador para outros países que buscam reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e adotar soluções mais sustentáveis.
Outro ponto crucial é a resiliência energética. A descentralização da geração, por meio de usinas solares e parques eólicos distribuídos estrategicamente, reduz a dependência de grandes infraestruturas e minimiza os impactos de apagões e falhas na rede elétrica. Esse modelo é essencial para garantir um suprimento confiável e acessível de energia para populações urbanas em crescimento.
As cidades inteligentes também são caracterizadas pelo uso intensivo de tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população. A combinação entre energia renovável e ferramentas digitais potencializa a eficiência energética. Medidores inteligentes, redes elétricas automatizadas e plataformas de gestão baseadas em big data permitem um consumo mais racional e adaptado à demanda. Um exemplo claro dessa integração é o uso da energia solar flutuante acoplada a hidrelétricas, como acontece em Portugal, permitindo a otimização dos recursos hídricos e aumentando a estabilidade do fornecimento elétrico.
A adoção de fontes renováveis também traz impactos diretos para a qualidade ambiental das cidades. A redução da poluição atmosférica melhora a saúde da população, diminuindo casos de doenças respiratórias. Além disso, a geração descentralizada de energia cria oportunidades econômicas locais, promovendo a inclusão social e incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias e modelos de negócios sustentáveis.
O futuro das cidades depende da capacidade de equilibrar desenvolvimento, tecnologia e sustentabilidade. A energia renovável, sem dúvidas, é um dos pilares fundamentais dessa transformação, garantindo não apenas um modelo energético mais limpo e eficiente, mas também cidades mais humanas, conectadas e resilientes. Investir nessa mudança é mais do que uma necessidade ambiental; é uma estratégia inteligente para o crescimento sustentável.
*Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, indústria nacional fabricante de nobreaks, inversores e estabilizadores de tensão e protetores de rede inteligente.
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