SMS de São Paulo divulga boletim com análise do Censo 2022 para orientar políticas de saúde

Publicação detalha mudanças na composição populacional da cidade e subsidia planejamento de ações voltadas a grupos prioritários.

Redação - Itaquera em Notícias
28/03/2025 08h26 - Atualizado há 2 dias
SMS de São Paulo divulga boletim com análise do Censo 2022 para orientar políticas de saúde
Divulgação / Prefeitura de São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo lançou o segundo volume do Boletim Informativo CEInfo, que analisa informações do Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento organiza e interpreta dados da população paulistana sob a perspectiva das áreas técnicas da Coordenadoria de Atenção Básica (CAB), incluindo temas como Saúde da Mulher, Saúde da População Negra e Doenças Crônicas.

Segundo Marcelo Antunes Failla, coordenador do Núcleo de Geoprocessamento e Informações Socioambientais (NGISA), a análise dos dados estratificados por cor ou raça possibilita a avaliação de indicadores relevantes, como crescimento populacional e grupos prioritários para rastreamento de cânceres. Ele destaca que o detalhamento das informações atinge até microrregiões da cidade, fornecendo subsídios para o planejamento das políticas de saúde pública.

O boletim evidencia mudanças significativas na composição populacional. Em 2022, São Paulo tinha 11,45 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 7.528 residentes por km², variando conforme o distrito. Também foi constatado o envelhecimento populacional, com aumento da proporção de idosos de 11,9% em 2010 para 17,7% em 2022, enquanto a população jovem teve redução.

A publicação também revela a transformação na composição racial da cidade. Entre 2010 e 2022, a população branca caiu de 60,6% para 54,3%, enquanto as populações preta e parda aumentaram para 10,1% e 33,4%, respectivamente. Distritos como Brasilândia, Cidade Tiradentes e Capão Redondo são exemplos de regiões onde mais da metade dos moradores se autodeclaram pretos ou pardos.

Para Valdete Ferreira dos Santos, coordenadora da Área Técnica de Saúde da População Negra, as informações divulgadas permitem a identificação de regiões de alto risco e aprimoram a assertividade das ações de saúde. O primeiro volume do boletim, publicado em novembro de 2024, abordou indicadores demográficos e socioambientais desde 1970, destacando o crescimento populacional e a urbanização da cidade.


FONTE: Prefeitura de São Paulo
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