Cerca de 30 proprietários de imóveis rurais em Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais na Zona Sul de São Paulo já foram beneficiados pelo Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA Mananciais). A iniciativa da Prefeitura remunera diretamente aqueles que contribuem para a preservação ambiental, fortalecendo o compromisso da cidade com a sustentabilidade. Desde sua regulamentação em 2022, o programa já destinou R$ 885 mil para a conservação de 7 milhões de metros quadrados, o equivalente a mais de cinco Parques Ibirapuera.
Entre os participantes, Alice Queiroz, proprietária do sítio Juçara, destaca a recuperação da palmeira Juçara como um dos benefícios do programa. Após um grande corte da espécie na região, ela decidiu replantar árvores frutíferas nativas e hoje vende sucos e geleias do fruto para turistas. Outro beneficiado, Juarez Andrade, utilizou os recursos recebidos para instalar um biodigestor e melhorar o tratamento de resíduos em sua propriedade, contribuindo para a qualidade da água local.
Financiado pelo Fundo Especial do Meio Ambiente (FEMA), o PSA Mananciais incentiva práticas sustentáveis como a recuperação de nascentes, agricultura ecológica e preservação de matas ciliares. A remuneração varia de acordo com o tamanho da propriedade, podendo chegar a R$ 40 mil por ano para áreas acima de 10 hectares. O valor pago por hectare no programa é três vezes superior à média nacional, consolidando São Paulo como referência na valorização de serviços ambientais.
A Prefeitura anunciou que um novo edital para seleção de participantes será lançado no segundo semestre deste ano. Para aderir ao programa, os produtores rurais devem atender a critérios técnicos, como a manutenção da vegetação nativa e a adoção de práticas sustentáveis. O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ashiuchi, ressaltou que a iniciativa reforça o papel estratégico de São Paulo na preservação dos recursos naturais e no desenvolvimento sustentável.
