Realizar um intercâmbio é o sonho de boa parte da população jovem adulta mundo afora. Para se ter um parâmetro, no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), 85,7% dos estudantes demonstraram interesse em realizar intercâmbio e, no ano passado, esse mercado apresentou crescimento de 21,68%, movimentando cerca de R$4,6 bilhões.
De fato, essa é uma experiência com potencial transformador de aprendizado, oferecendo ganhos para o desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional. “Existem diversos tipos de programas, cada um voltado para objetivos específicos, como aprendizado de idiomas, formação acadêmica, experiência profissional ou imersão cultural. Deste modo, o aluno precisa identificar suas reais necessidades antes de optar por um modelo específico”, pontua Pâmela Moraes, Co-fundadora e Especialista de Intercâmbio da Fluencypass, empresa brasileira que oferece o ciclo completo da fluência em inglês, com aulas, conversação e intercâmbio.
O intercâmbio por idioma é um dos mais populares, segundo a especialista. “O foco é aprender ou aprimorar uma língua estrangeira. Deste modo, o aluno conta com aulas intensivas de idioma em escolas especializadas e atividades culturais para prática da língua”, comenta. Esse tipo de viagem pode durar de algumas semanas a vários meses, sendo que os destinos mais populares são Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália, entre outros países. Um dos grandes benefícios dessa modalidade é aprender em escolas especializadas, mas também ter a oportunidade de vivenciar experiências cotidianas no país, o que não é possível se o aluno optar por aprender o idioma em uma instituição localizada no Brasil.
Há, também, o intercâmbio acadêmico, que tem como objetivo cursar parte dos estudos em outro país. Geralmente, essa iniciativa é feita por meio de parcerias entre instituições de ensino e conta com programas para ensino médio, graduação ou pós-graduação. Ainda, existe um tipo que une trabalho e estudo. “Combinando aprendizado com experiência profissional, essa experiência permite ao aluno estudar e trabalhar simultaneamente, geralmente em países que oferecem vistos para essa modalidade. Esse intercâmbio é ideal para quem busca independência financeira durante o intercâmbio e dura, normalmente, de seis meses a dois anos”, esclarece Pâmela.
O intercâmbio cultural, por sua vez, busca promover o aprendizado por meio da convivência com uma nova cultura. Geralmente, inclui hospedagem em casas de família locais e envolve atividades que proporcionam a imersão cultural. E a modalidade profissional faz com que o indivíduo adquira experiência em um ambiente internacional, seja por meio de estágios remunerados ou voluntários em empresas ou ONGs.
A executiva finaliza destacando que ainda existem outros formatos, como o intercâmbio para pesquisa, que busca desenvolver projetos de pesquisa em instituições internacionais; de estudo religioso ou filosófico; o voluntário, voltado à contribuição de causas sociais ou ambientais em outros países; entre outros. “Além da finalidade, o importante, na hora da escolha, é considerar a cultura e o idioma do país destino. A disponibilidade de tempo e valores também variam, de modo que é preciso estar atento e contar com programas e parceiros que tornem essa experiência possível”, conclui.
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Gabriela Calencautcy
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