Estudos mostram que a reputação responde por mais de 25% do valor de mercado de uma empresa e que a ausência de um líder pode gerar oscilações nas ações, afetando a confiança dos investidores. Especialista explica casos como a Petrobras que perdeu R$ 34 bilhões em valor de mercado após a demissão de seu presidente, Jean Paul Prates, e a Stellantis que registrou uma queda de 6,3% nas ações com a renúncia inesperada de Carlos Tavares, segundo dados da Bloomberg.
A Harvard Business Review, relembra o caso emblemático da Starbucks que enfrentou um declínio financeiro após a saída do CEO Howard Schultz. A revista de negócios conta que em 2008, Schultz retornou, investiu no treinamento de funcionários, revertendo a crise e provando que a liderança estratégica de um CEO é essencial para o sucesso empresarial.
No Brasil, onde 99% das empresas são Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), a falta de um CEO pode ser ainda mais prejudicial. Sandoval Martins, especialista em transformação digital e estratégia corporativa, explica que modelos sem liderança centralizada, como a holocracia (sistema em que não há hierarquia fixa e as decisões são distribuídas entre os colaboradores), já foram testados, mas apresentaram desafios. “A Zappos é um exemplo que adotou esse modelo em 2013 buscando mais autonomia e inovação, mas a falta de clareza nas responsabilidades e as dificuldades na tomada de decisões estratégicas levaram a empresa a reintroduzir elementos de liderança tradicional”, relembra.
Outro exemplo citado por Sandoval é a Semco, empresa brasileira que, sob a liderança de Ricardo Semler, adotou um modelo participativo, reduzindo hierarquias e envolvendo funcionários nas decisões. “Apesar do sucesso inicial, a conta não fechou. Sem um CEO, a empresa pode perder o rumo, como um navio sem capitão”, conclui.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Damaris Pedro
[email protected]
