A gestão de ponto sempre foi um desafio para empresas de todos os tamanhos. Além de assegurar o registro adequado da jornada dos colaboradores, é essencial garantir a conformidade com a legislação trabalhista. A advogada Juliana Stacechen, especialista em direito trabalhista patronal, aponta que alternativas ao controle eletrônico tradicional podem ser tão eficientes quanto os métodos convencionais, desde que implementadas corretamente.
"Empresas que optam por métodos como registros manuais, aplicativos ou sistemas híbridos devem observar rigorosamente a Portaria 671/2021 e o artigo 74 da CLT", explica Stacechen. Ela alerta que, embora métodos inovadores tragam benefícios como maior flexibilidade e redução de custos, é essencial que sejam auditáveis e integrem relatórios detalhados.
A implementação de alternativas ao controle eletrônico exige planejamento. "Uma política clara de registros, capacitação dos gestores e escolha de ferramentas seguras são cruciais para prevenir inconsistências", destaca a advogada. Métodos como aplicativos móveis, por exemplo, permitem acesso em tempo real aos registros de jornada, garantindo transparência entre empregadores e colaboradores.
Além disso, Juliana reforça a importância do controle para resguardar a empresa juridicamente. "Sem uma gestão adequada, processos trabalhistas podem acarretar prejuízos financeiros e de reputação", adverte. Ela também destaca que, mesmo para empresas com menos de 20 funcionários, o controle de ponto é recomendável, pois fortalece a organização interna e assegura relações trabalhistas mais transparentes.
Ao inovar na gestão de ponto, o foco deve ser o equilíbrio entre modernização e cumprimento das normas legais. "Com uma abordagem estratégica, as empresas podem transformar essa obrigação em um diferencial competitivo", conclui Stacechen.
Serviço: Juliana Stacechen
Advogada especialista em Direito Trabalhista
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