A integração da Inteligência Artificial (IA) na educação bilíngue tem se mostrado uma tendência crescente, oferecendo novas oportunidades para o aprendizado do idioma. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), a procura por instituições de ensino com modelo bilíngue aumentou 64% em 2023, e a Organização das Escolas Bilíngues de São Paulo (Oebi) informou que o número de alunos nessas instituições passou de 2,8 mil para 4,6 mil no mesmo período.
Para Vanessa Codecco, head pedagógica do Twice Bilingual, sistema de ensino bilíngue da Rhyzos Educação, a tecnologia tem o potencial de revolucionar o método de aprendizagem: “Com o apoio da IA, gera-se experiências imersivas e adaptáveis a cada aluno, criando um ambiente de ensino dinâmico no qual os estudantes praticam o idioma em tempo real e recebem feedbacks imediato”.
Segundo a especialista, uma das grandes vantagens da IA no ensino de idiomas é a personalização do aprendizado, uma vez que, com plataformas equipadas com algoritmos de machine learning que analisam o desempenho dos alunos e ajustam o conteúdo conforme suas dificuldades e necessidades, cada estudante pode progredir no próprio ritmo.
“Com essa facilidade, é possível criar assistentes virtuais e chatbots, por exemplo, que interagem com os alunos, simulando diálogos naturais em diferentes contextos. Neste caso, é fundamental para desenvolver a fluência oral, um dos maiores desafios no aprendizado de um novo idioma, onde a prática constante é crucial para a aquisição da fluência”, complementa Codecco.
Junto a isso, a gamificação emerge como um aspecto que a IA tem potencializado na educação bilíngue, utilizando jogos e desafios interativos para estimular o aprendizado de forma lúdica. Tal método pode aumentar significativamente a retenção de vocabulário e melhorar a compreensão gramatical, ainda de acordo com Vanessa.
Já para os professores, a head destaca o auxílio da tecnologia na criação de materiais personalizados ou na análise do desempenho de cada turma. Com ferramentas automatizadas, os docentes podem identificar padrões de erros, ajustar suas estratégias de ensino e oferecer suporte mais direcionado aos alunos.
“Podemos encontrar a inteligência artificial em diferentes aspectos que complementam um ensino de qualidade e que impactará a vida do estudante a longo prazo. Com esse avanço contínuo, espera-se que esse papel cresça cada vez mais nas instituições, combinando o ensino tradicional com soluções inteligentes que preparam o alunos para o um futuro global, conectado e multicultural”, finaliza Vanessa Codecco.
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GIOVANNA REBELO ALVES
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