Volta às aulas sem estresse: dicas para alunos, professores e famílias
Especialistas trazem recomendações que vão auxiliar estudantes, da Educação Infantil ao Ensino Médio, na retomada da rotina após as férias de verão
MIRA COMUNICAçãO
30/01/2025 14h40 - Atualizado há 14 horas
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O retorno às aulas é um momento marcado por expectativas e representa um recomeço no qual tudo se reveste de novidade: famílias, alunos e equipes escolares se deparam com novos cenários e oportunidades. Porém, esse período costuma trazer uma série de desafios para os estudantes, seja para se readequar à rotina ou se adaptar ao novo material didático. Nesse contexto, tanto famílias como escolas devem se preparar para acolher as crianças e os adolescentes da melhor maneira e reorganizar a rotina é um dos pontos de atenção. Segundo Juliana Diniz, diretora nacional da Start Anglo Bilingual School, primeira rede de franquias de escolas bilíngues e de alta performance, a construção de hábitos saudáveis é a chave para superar desafios como procrastinação e falta de motivação. “É fundamental ajudar os estudantes a organizarem seu tempo e sua rotina por meio de combinados claros e viáveis, garantindo o cumprimento de modo responsável e cuidadoso”, explica. Conversas sinceras e planejamentos bem definidos podem oferecer um ponto de partida para alunos que se sentem desorientados, ajudando a estabelecer horários, rotinas de estudo e atividades essenciais. Além disso, a consistência nas práticas diárias é indispensável para consolidar bons hábitos, promover a autonomia e manter a motivação dos estudantes ao longo do ano letivo. Atenção à educação infantil Quando nos referimos às crianças pequenas, o retorno às aulas pede mais do que ajustes logísticos: é necessário envolvê-las com empatia e acolhimento. De acordo com Vanessa Chagas, assessora pedagógica da plataforma Amplia, esse período costuma ser marcado por um misto de sentimentos e emoções, afinal, pela primeira vez, seu bem mais precioso se afasta do núcleo familiar, para integrar-se a um espaço com diversos desafios e novidades, a escola. Nesse cenário, pais e responsáveis devem ficar atentos a algumas mudanças comportamentais das crianças que podem acontecer nessa transição. É o que afirma a assessora pedagógica do programa Líder em Mim, Fabiana Santana. “É por meio de um olhar intencional que poderão identificar sinais de ansiedade ou insegurança. Por isso, é importante que os pais validem os desconfortos dos filhos, pois geralmente são angústias reais. Minimizar pode intimidá-los e impedir que compartilhem outras queixas no futuro”, explica. Segundo Fabiana, não só em um novo ciclo escolar, mas em diversas fases de novos desafios, o cultivo da autoconfiança é primordial para avanços e conquistas. “Ouvir com atenção e empatia geralmente permite que os pais sejam capazes de captar as inseguranças das crianças e dos adolescentes e pode ajudar a transmitir a segurança que o estudante precisa para se expressar e desenvolver autoconfiança”, destaca. Planejamento escolar Além disso, é importante que as equipes pedagógicas tenham um bom planejamento e saibam como, por exemplo, orientar os alunos na mudança de materiais didáticos. Segundo Aline Castro da Silva, diretora executiva do Sistema de Ensino pH, a chave está em promover a metacognição dos estudantes, ou seja, ajudá-los a refletir sobre sua própria aprendizagem e desenvolver autonomia. “Cada escola deveria reservar um momento no início do ano letivo para orientar os alunos sobre como utilizar o material de forma estratégica, explicando suas intencionalidades, recursos e como ele pode potencializar o aprendizado”, afirma Aline. Para isso, é essencial criar pactos de aprendizagem que envolvam momentos de diálogo coletivo, explicações claras sobre o planejamento anual e o uso de ferramentas complementares, como vídeos, mapas mentais e inteligência artificial. Vale ressaltar que a adaptação ao material didático exige um planejamento integrado que envolve professores, coordenadores pedagógicos e alunos. De acordo com André Freitas Fibonacci, diretor do Fibonacci Sistema de Ensino, o material didático deve ser visto como um mapa que orienta práticas dentro e fora da sala de aula, com o professor como protagonista no processo de ensino. Oferecer materiais que proponham atividades práticas em sala de aula e estimulem o autoestudo é uma iniciativa do Fibonacci Sistema de Ensino. “É essencial que as aulas sejam dinâmicas e interativas, mesclando momentos expositivos com exercícios e debates para manter o engajamento dos alunos”, destaca Freitas. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Mariany Alves Bittencourt
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