Como o futebol explica o comércio exterior?
DAVID FLORIM
20/01/2025 21h07 - Atualizado há 4 horas
Divulgação - Cristiane Fais - CEO Accrom Consultoria em Logística Internacional
Por Cristiane Fais – CEO da ACCROM Consultoria em Logística Internacional O futebol brasileiro está mudando. Injeções de dinheiro vindas das SAF’s, clubes mais ricos e competitivos e inúmeras transações, de compra e venda de atletas, tem movimentado verdadeiras fortunas. A mais recente vem da base do Palmeiras. Vitor Reis foi negociado por 217 milhões de reais. Muito disso em função do preço do Euro. Antes dele, porém, inúmeros atletas do palmeiras foram negociados, na chamada “geração do bilhão”. O curioso é que o valor arrecadado só pelo Palmeiras nos últimos anos já beira os dois bilhões de reais, em uma espécie de comércio exterior pujante e lucrativa. Além do Palmeiras, muitas equipes já se atentaram de que a base pode ser a solução para as questões financeiras do clube, que independem de patrocínios. O futebol brasileiro é hoje, além de paixão nacional, um reflexo de uma rede global de trocas, influências culturais e, principalmente, de comércio exterior. Por mais que o esporte pareça distante dos assuntos econômicos, o futebol oferece exemplos claros de como as relações internacionais e o comércio entre nações funcionam na prática. A cada janela de transferências, bilhões de dólares são movimentados em transações internacionais, onde clubes de diferentes países compram e vendem atletas. Esses movimentos de jogadores geram uma série de implicações econômicas, desde o aumento do valor de mercado de clubes até a movimentação de capital entre países. Por exemplo, um jogador brasileiro transferido para um clube da Premier League inglesa não é apenas um atleta em movimento, mas também um ativo que envolve contratos, impostos, direitos de imagem, além de um impacto cultural e social entre as duas nações. Outro exemplo claro de como o futebol está entrelaçado com o comércio exterior é o envolvimento das grandes marcas globais. Desde as camisas dos clubes até os estádios, o futebol é um dos maiores canais de marketing e publicidade no mundo. Marcas como Nike, Adidas, Coca-Cola e Emirates, entre outras, não se limitam a apoiar clubes locais, mas buscam expandir seu alcance através de acordos internacionais. O futebol é uma vitrine global para essas marcas, permitindo-lhes aumentar sua visibilidade em mercados estrangeiros e, consequentemente, expandir suas operações. O esporte também movimenta uma enorme quantidade de recursos financeiros através dos torcedores. Partindo da ideia de que os clubes de futebol têm seguidores internacionais, as receitas de bilheteiras, produtos licenciados e assinaturas de canais de TV se expandem globalmente. Já as competições internacionais de futebol, como a Copa do Mundo da FIFA, são eventos que exemplificam claramente a interdependência econômica entre países. A realização de uma Copa do Mundo envolve uma vasta rede de contratos internacionais, desde fornecedores de materiais e infraestrutura até acordos de direitos de transmissão. Por fim, o futebol também é uma ferramenta de diplomacia econômica, em que países buscam fortalecer laços através de parcerias esportivas. Muitos países utilizam o futebol para estreitar relações com outras nações, seja promovendo torneios amistosos ou firmando acordos comerciais que envolvem o esporte. A presença de seleções de futebol em outros países pode servir como um elo para novas negociações comerciais, uma vez que a imagem de um país como um líder esportivo pode atrair investimentos e impulsionar o comércio. No Brasil, por exemplo, o futebol é uma das principais vitrines para o país no exterior. As exportações de produtos com a marca "Brasil", como camisetas e acessórios de futebol, são amplamente procuradas em mercados internacionais. Além disso, o país tem investido em parcerias com outras nações para o desenvolvimento do esporte, o que fortalece sua posição como exportador de conhecimento e recursos. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
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