Diante das altas temperaturas e a baixa umidade do ar, torna-se comum o hábito de dormir com o ventilador ligado. Contudo, estudos recentes e observações médicas têm levantado preocupações sobre os possíveis riscos à saúde associados a essa prática, deixando muitas pessoas acordando com sintomas desconfortáveis.
Luiza Nunes, enfermeira e professora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, aponta que uma das principais preocupações apontadas por essa prática é o ressecamento nasal e da garganta, causado pelo constante fluxo de ar.
“A eliminação da umidade natural das vias respiratórias pode provocar irritações, sensação de coceira e, em situações mais graves, aumentar a vulnerabilidade à entrada de agentes infecciosos. Para quem já lida com problemas respiratórios como rinite ou asma, o uso frequente do ventilador pode agravar ainda mais os sintomas”, comenta.
Algumas alternativas, como o uso de umidificadores de ar, difusores e a escolha de roupas de cama e pijamas apropriados, que podem contribuir para criar um ambiente propício ao sono sem depender exclusivamente do ventilador. Ao adotar essas precauções, é possível desfrutar de noites mais tranquilas, equilibrando o conforto térmico com a preservação da saúde respiratória.
A especialista alerta também que crianças podem ser sensíveis ao vento do ventilador podendo ocasionar a dor de ouvido e câimbras musculares, e esses sintomas poucas pessoas relacionam ao ventilador.
“Recomendo sempre umedecer uma toalha com água e adicionar algumas gotas de óleo essencial de lavanda, menta ou hortelã. Essas essências proporcionam uma sensação de frescor e ajudam a fortalecer a imunidade, tendo apenas o cuidado com a quantidade do óleo essencial”, finaliza.
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NICHOLAS MONTINI PEREIRA
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