Para muitos, a febre é vista como uma simples elevação de temperatura associada a infecções virais ou bacterianas. No entanto, quando se trata de febre reumática, a compreensão é mais complexa.
A febre reumática é uma doença inflamatória autoimune que ocorre em resposta a uma infecção de garganta por estreptococos. Ao contrário da febre comum, que é uma elevação da temperatura causada por infecções virais ou bacterianas, a febre reumática envolve uma reação inflamatória que pode afetar articulações, pele, sistema nervoso e, em casos mais graves, o coração e o cérebro.
“A doença afeta principalmente crianças entre 5 e 15 anos e é caracterizada por dor em várias articulações, como joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e punhos, que migram de uma articulação para outra a cada dois ou três dias”, explica a reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg.
Outros sintomas incluem manchas vermelhas temporárias, cansaço, caroços no pescoço e falta de ar. Em casos mais graves, a febre reumática pode causar danos permanentes ao coração. “Comprometimentos cardíacos podem ser identificados por sinais como sopro cardíaco e aumento dos batimentos do coração”, afirma Schainberg.
O tratamento inclui antibióticos e anti-inflamatórios para reduzir os sintomas e prevenir complicações. “Além dessas medidas, é essencial buscar o acompanhamento de um especialista e seguir as orientações de tratamento para evitar o agravamento da doença”, conclui a especialista.
Sobre a Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg
Com uma ampla experiência na área da saúde, Dra. Cláudia é graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e possui mestrado e doutorado pela Faculdade de Medicina da USP. Fez também especialização em Reumatologia no Canadá e Estados Unidos.
A Dra. Cláudia declara a importância sobre assuntos sociais relacionados à saúde, bem-estar, qualidade de vida, autocuidado e humanismo. Atualmente exerce atividades de ensino, assistência e pesquisa no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde chefia o Laboratório de Imunologia Celular do LIM-17 e o Ambulatório de Artrites da Infância.
Também faz parte do corpo clínico dos hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês e Alemão Oswaldo Cruz. Já no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atua nos Ambulatórios de Osteoartrite, Gota e Espondiloartrites.
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AUGUSTO GRACIANI BAPTISTA
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