O reganho de peso após a realização de procedimentos para emagrecer é uma realidade para muitas pessoas. Apesar dos benefícios iniciais, diversos fatores podem levar ao aumento de peso, como hábitos alimentares inadequados e alterações hormonais. Diante desse cenário, o plasma de argônio vem ganhando destaque como uma solução eficaz para pacientes que enfrentam esse desafio. Este procedimento minimamente invasivo utiliza o plasma do gás de argônio para promover a redução do diâmetro da ligação entre o estômago e o intestino, prolongando a sensação de saciedade e ajudando no controle do peso.
Dados do Ministério da Saúde, obtidos em um levantamento inédito, apontam que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil. O número de pessoas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40 kg/m², atingiu 863.086 pessoas no ano passado. As informações públicas estão sendo divulgadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em março deste ano.
Em 2019, 407.589 pessoas foram diagnosticadas com obesidade grau III, o que representava 3,14% das pessoas monitoradas. Já em 2022, o número subiu para 863.083 brasileiros diagnosticados com o como obesidade grau III também chamada obesidade mórbida, totalizando 4,07% da população. Esse ponto percentual representa um crescimento de 29,6% em apenas quatro anos.
Segundo estudos, muitos pacientes que optam por métodos de emagrecimento, como a cirurgia de Bypass, acabam voltando a ganhar peso com o tempo, pois focaram seu tratamento apenas no emagrecimento deixando em segundo plano as mudanças de hábito necessárias para o controle do peso. O reganho de peso pode ser desafiador tanto física quanto emocionalmente, o que aumenta a procura por soluções de longo prazo e baixo risco.
O médico especialista em cirurgia bariátrica, Leonardo Salles, explica que o plasma de argônio é uma excelente alternativa para pacientes que já passaram por procedimentos como a cirurgia bariátrica, mas que estão enfrentando dificuldades em manter os resultados. “Esse tratamento, além de ser ambulatorial e minimamente invasivo, tem um índice muito baixo de complicações e pode ser repetido caso necessário. Ele age diminuindo a passagem de alimentos, o que prolonga a saciedade e favorece o controle do peso a longo prazo”, desataca.
Salles complementa que o procedimento se destaca por sua segurança e eficácia. “Realizado de forma ambulatorial, o plasma de argônio pode ser uma opção viável para pacientes que já passaram por procedimentos anteriores e não desejam ou não podem realizar uma nova cirurgia bariátrica. Seu principal objetivo é de ser um procedimento de resgate desse paciente, fazendo com que ele perca peso e volte ao tratamento multidisciplinar para retratamento da obesidade também”, ressalta.
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ICARO ALISSON ROSA AMBROSIO
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