12/11/2024 às 16h23min - Atualizada em 14/11/2024 às 00h07min

Black November: phishing e telas falsas são golpes comuns no período, mostra levantamento

ISH Tecnologia traz as principais táticas usadas por criminosos para induzir vítimas a compras e promoções falsas

GABRIEL JORDãO
Pixabay

No Brasil, o mês de novembro, marcado pela proximidade da Black Friday, movimenta bilhões de reais em vendas, principalmente online, e é um dos eventos mais aguardados por clientes e varejo no geral. Apesar da grande quantidade de promoções, o período também é caracterizado pelo elevado número de golpes e crimes cibernéticos. 

De acordo com ISH Tecnologia, referência nacional em cibersegurança, todos os anos, cibercriminosos aguardam ansiosamente por datas como essa para lançar campanhas maliciosas por diversos meios. Segundo os pesquisadores da empresa, o objetivo dos golpistas é enganar os consumidores, que muitas vezes se encontram deslumbrados com as ofertas, a fim de obterem lucro financeiro por meio de fraudes. 

Um estudo realizado pela IC3 (FBI) destaca que pessoas entre 30 e 60 anos ou mais foram vítimas de diversos tipos de infrações cibernéticas, o que resultou em aproximadamente 7,8 bilhões de dólares em prejuízos. Dentre as práticas digitais maliciosas, segundo os dados coletados, o phishing foi o ataque mais recorrente. 

Além disso, em 2023, apenas entre as 0h e 18h, foram registradas mais de 6,8 mil tentativas de fraude em operações no Brasil. Conforme números obtidos pela Clearsale, os prejuízos giraram em torno de R$ 10 milhões. 

 

Principais cibercrimes 

A ISH Tecnologia elenca os principais tipos de golpes que ocorrem durante o Black November: 

Phishing de pedido falso: Neste golpe, o criminoso envia uma mensagem (por e-mail ou SMS) informando problemas com pedidos — muitas vezes, que nem foram efetuados. O comunicado pede para o usuário clicar em um link malicioso para "confirmar" informações pessoais, que são, na verdade, coletadas pelo invasor. Em alguns casos, os golpistas se passam por varejistas legítimos e oferecem promoções exorbitantes para conquistar a confiança da vítima e, posteriormente, acessar seus dados sensíveis. 

Campanhas de ransomware: Após o roubo das informações confidenciais, a empresa ou usuário é notificado de que eles só serão devolvidos mediante transferências de quantias de resgate. No entanto, esse pagamento não garante que nenhum dado da vítima será vazado.  

Telas fakes: Consiste na “cópia” da página legítima de algum grande varejista, que busca transmitir uma sensação de segurança ao consumidor, para que ele efetue o pagamento de uma compra falsa. Nessa situação, os criminosos têm objetivos financeiros baseados na coleta de dados bancários e obtenção de lucros. Frequentemente, essas páginas são alocadas em serviços de hospedagem web e apresentam URLs e domínios falsos para enganar as vítimas, ao simularem a aparência de um site real. 

Golpes em compras presenciais: Em compras presenciais, o consumidor pode ser cobrado com valores maiores do que os anunciados. O golpista mostra o preço correto, cancela a compra “por erro no sistema” e, ao refazer a operação, insere um valor maior. Nessa situação, sempre verifique a maquininha antes de digitar a senha e evite aparelhos com visores trincados ou embaçados.  

Na mesma lógica, durante o pagamento, o criminoso pode esconder o cartão da vítima e devolver outro semelhante. Verifique sempre o nome no cartão devolvido e, se possível, passe o cartão na máquina você mesmo. 

 

Recomendações e cuidados 

Por fim, a ISH traz dicas para que esses golpes sejam evitados e os usuários possam fazer suas compras com mais tranquilidade 

Desconfie de mensagens inesperadas: Não clique em links ou forneça informações em mensagens de texto, e-mails ou chamadas que dizem haver um problema com seu pedido. Verifique sempre diretamente no site oficial da loja. 

Verifique o domínio do site: Ao fazer uma compra, confira se o site tem o domínio correto (por exemplo, “amazon.com” em vez de “amaz0n.com”). Erros de ortografia ou imagens de baixa qualidade também podem indicar um site falso. 

Fique de olho nos valores: Cuidado com anúncios de preços muito abaixo do valor real, pois podem ser armadilhas para roubar seu dinheiro e nunca entregar o produto. Promoções exageradamente vantajosas geralmente são sinais de golpe. 

Mantenha seu software de segurança atualizado: Um antivírus confiável e o sistema atualizado ajudam a bloquear ataques e golpes online. 

Caso você já tenha sido vítima de um golpe, a ISH recomenda que você siga os seguintes passos: 

Se a compra for realizada em um site falso, a primeira ação é avisar seu banco. Caso a aquisição tenha sido feita no cartão de crédito, conteste e peça o estorno. A administradora vai avaliar o caso e verificar com a instituição que recebeu o pagamento. O estorno pode não vir na mesma fatura e, às vezes, aparece como crédito nos meses seguintes. 

Já na ocasião de compras por PIX, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central ajuda na devolução em casos de golpe ou erro. Solicite o estorno até 80 dias após o pagamento. Guarde documentos, prints e conversas que comprovem a fraude, pois isso ajuda no processo.   


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Gabriel Chilio Jordão
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