06/11/2024 às 22h03min - Atualizada em 07/11/2024 às 04h10min

Cross Urbano CAIXA acolhe projetos sociais no circuito nacional de corrida em estádios de futebol

Associação Orquestra Criança Cidadã e Projeto Atletismo Campeão estão entre as instituições beneficiadas

JADEMILSON SILVA
Esporte é uma forma de inserção social
Divulgação
David Stefesson Câmara, de 21, está na Associação Orquestra Criança Cidadã (AOCC) desde os 10 anos. Ele é um dos convidados de projetos sociais pernambucanos a participar da corrida Cross Urbano CAIXA, neste domingo (10/11), na Arena Pernambuco. David toca oboé, cursa Bacharelado em Música na Universidade Federal de Pernambuco e hoje integra a Orquestra Sinfônica Jovem Criança Cidadã.

“Não tinha interesse em corrida quando era mais novo, mas, depois de entrar para o Exército, passei a fazer do esporte parte da minha vida e esta será a minha estreia em um evento assim profissional - estou animado”, revela. 

David Câmara faz parte da Associação Orquestra Criança Cidadã - Foto: Divulgação


Mayara Vitória, 19, participa do mesmo projeto desde os nove anos. Ela toca violoncelo e hoje está no 4º período de Licenciatura em Educação Física, na Universidade de Pernambuco.
“Minha vida toda me dividi entre a Orquestra e a escola, hoje, estou realizada com meu curso superior, com a certeza de que, num país como o nosso, é só a educação que transforma e gosto da ideia de fazer parte desse processo”, conta-nos Mayara

A paixão pela prática de atividades físicas nasceu bem antes de entrar na UPE - ela sempre fazia caminhadas e transformava a casa na própria academia de musculação, enchendo garrafas pet com água que serviam de peso para os treinos. Hoje, sai do Coque e vai até Boa Viagem correndo, mas o Cross Urbano CAIXA será a primeira corrida oficial.
 
“Carrego 4 Kg carregando o violoncelo, fico muito tempo numa só posição corporal, é um instrumento que exige uma resistência, principalmente para a pegada do arco. Então, toda preparação física ajuda. E acho que a corrida é um esporte que, além de cuidar de nossa saúde física e mental, está sempre incentivando que a gente busque novas metas, ultrapassando nossos limites - no esporte e na vida”. 
Atletismo Campeão é nome do projeto coordenado pelo educador físico Abraão do Nascimento, mais conhecido como Irmão. Em agosto de 1989, a escolinha de iniciação ao atletismo para crianças, adolescentes e idosos, incluindo entre eles deficientes visuais, motores e neurológicos. Atua nas cidades do Recife, Ouricuri, Petrolândia e em Tacaratu e só na capital pernambucana tem 60 inscritos, com idade entre 6 e 14 anos, que treinam na UFPE e no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem.
“Desde que começamos, já foram mais de 10 mil atletas preparados. Nesse time, cerca de 170 hoje têm nível de Ensino Superior graças ao atletismo. Também por aqui já passaram vários atletas paralímpicos, como a paraense Fernanda Yara, que foi ouro nos 400m, agora há pouco, nos Jogos da França”, enumera Abraão

Há seis anos, a estudante Esther Gomes, de 16, entrou no projeto. Mas, adivinhem, foi sua mãe quem disparou na frente, na categoria master, e ainda trouxe para a corrida o pequeno Samuel, de 10 anos. A dona de casa Tarciana Gomes sempre gostou de esportes, mas, com a chegada dos filhos, ficou parada, sem qualquer atividade.

“Uma amiga dela, eu e meu irmão incentivamos que minha mãe entrasse para o atletismo. Hoje, nós todos temos uma vida mais saudável e eu realizei meu sonho de andar de avião, competindo fora de Pernambuco. E, domingo, vamos correr juntas, na Arena Pernambuco”, diz Esther. 


Haziel Batista se tornou corredor no projeto Atletismo Campeão, há 16 anos. Hoje, o operador de máquinas de 40 anos divide o tempo na indústria em que trabalha no Curado com a atuação como educador físico, tendo, inclusive, um grupo de corrida próprio, em Jaboatão dos Guararapes. Ele também estará como convidado no Cross Urbano CAIXA na Arena Pernambuco, no próximo domingo.

“Eu participei logo da primeira edição, fiquei em segundo lugar na minha faixa etária”, relembra. 


Prova multidisciplinar criada durante a Copa do Mundo de 2014, o Cross Urbano CAIXA transforma estádios em verdadeiros playgrounds aeróbicos. É um evento esportivo para todas as idades, já que os três primeiros classificados em cada faixa etária recebem premiações, garantindo que todos tenham oportunidade de brilhar. As largadas são em baterias, de forma que o atleta possa ter uma experiência de corrida mais personalizada, sem aquela saída em massa. E detalhe: as arquibancadas da Arena Pernambuco ficam livres (entrada gratuita!) para quem quiser levar amigos e familiares pra torcer!

Entenda como vai funcionar:
07h - 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos e acima de 65 anos (masculino e feminino)      
07:15 - 45 a 49 anos, 40 a 44 anos (masculino e feminino)
07:30 - 35 a 39 anos, 30 a 34 anos, 25 a 29 anos e 16 a 24 anos (masculino e feminino)   
08:30 - Cerimônia de Premiação
 
“Depois que eles largam, tem volta no gramado, subida pelas rampas de acesso, camarotes, estacionamentos, entorno do estádio, subsolo, até sair pelo túnel principal, onde dá uma volta olímpica, sobe as escadas. Ou seja, ali nos 30 metros finais, no último fôlego, o corredor vai subir esses degraus”, enumera Deco Nonato, organizador da corrida. 
Professor Deco Nonato é o organizador da corrida - Foto: Divulgação

O Cross Urbano CAIXA é patrocinado pela CAIXA e Governo Federal, além de contar com o apoio de parceiros. Organização e realização: Corpore Sano Esportes.

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JADEMILSON MANOEL DA SILVA
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