O mês de novembro traz uma campanha de grande relevância para a saúde do homem: o Novembro Azul. O foco da iniciativa é a prevenção e conscientização sobre o câncer de próstata, a segunda doença mais comum entre os homens brasileiros. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 71.740 novos casos a cada ano no Brasil para o triênio 2023/2025, um aumento de 8,5% em relação à estimativa anterior, que era de 65.840 casos. Os dados reforçam a urgência de cuidados preventivos e diagnósticos precoces.
O câncer de próstata pode ser silencioso em seus estágios iniciais, o que torna fundamental a realização de exames periódicos. A recomendação é que homens a partir dos 50 anos, ou 45 anos para aqueles com histórico familiar da doença, realizem o exame de toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico) regularmente. A detecção precoce aumenta em até 95% as chances de sucesso no tratamento, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.
Apesar desse dado otimista, muitos homens ainda resistem a buscar atendimento por preconceito ou medo do diagnóstico, o que reforça a importância de campanhas educativas como o Novembro Azul, que visam quebrar esses tabus.
Atendimento humanizado
Os sistemas de saúde público e privado têm desempenhado um papel crucial na oferta de atendimento preventivo e no tratamento do câncer de próstata. Uma abordagem informativa e humanizada tem combatido o preconceito e a negligência de homens em relação aos exames de prevenção. "Aos poucos, vemos uma nova cultura ganhando força, onde o atendimento humanizado é o foco dos sistemas de saúde. Precisamos garantir que cada paciente tenha acesso a um atendimento de qualidade, focado não apenas no tratamento, mas também na educação e prevenção de doenças", explica Waldyr Ceciliano, CEO da True, empresa especializada em consultoria em saúde.
Novas tecnologias e tratamentos
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos também têm revolucionado o tratamento do câncer de próstata. Terapias minimamente invasivas, como a cirurgia robótica, e tratamentos de radioterapia de alta precisão estão permitindo que os pacientes tenham uma recuperação mais rápida e com menos complicações. Além disso, novos medicamentos estão proporcionando opções mais eficazes para casos avançados da doença. “A garantia de tratamentos modernos e minimamente invasivos também é algo que vem ganhando força nos últimos anos, e deve se expandir cada vez, tanto na saúde supletiva quanto pública”, completa Ceciliano.
O exame de próstata pode ser solicitado pelo clínico geral ou urologista. Tanto a anamnese de toque quanto o PSA estão disponíveis na rede pública e privada de saúde. Desde o final de outubro, a ANS atualizou seu rol para a inserção de novos tratamentos de câncer de próstata, como a abiraterona em associação ou não ao docetaxel.
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ALINE PORFIRIO RIBEIRO
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